quarta-feira, 13 de julho de 2011

Dia internacional do ROCK!!!


 


Mas o que é Rock???

História do Rock - Parte 01 - Os Primórdios
Fonte:http://whiplash.net/materias/historia/000080.html
Apesar de no decorrer de sua história o rock and roll ter ficado mais marcado por astros brancos, deve-se aos negros, escravos trazidos da África para as plantações de algodão dos Estados Unidos, a criação da estrutura rítmica e melódica que seria a base do rock. Os cantos entoados pelos negros durante o trabalho, no início do século XX dariam origem ao Blues (do inglês azul, usado para designar pessoa de pele escura, bem como tristeza ou melancolia). Focado basicamente no vocal, o blues era geralmente acompanhado apenas por violão.

Enquanto o blues se desenvolvia nos campos e pequenas cidades, nas grandes cidades por sua vez tocava-se o jazz, baseado na improvisação e marcado por bandas maiores e arranjos mais elaborados, com percussão e instrumentos de sopro.
Por um outro lado, nas igrejas evangélicas desenvolvia-se a música gospel negra, que embora obedecendo as escalas de blues, caracterizavam-se por rítmo frenético ou mesmo sensual, canções de redenção e esperança para um povo oprimido. A música era acompanhada por piano ou órgão.
A economia de guerra e o desenvolvimento da indústria havia levado mais gente dos campos para a cidade, forçando o relacionamento entre brancos e negros e a tensão social e racial mas também favorecendo a influência mútua entre a música negra (blues e seus derivados) e a música branca (principalmente country e jazz). Da fusão do blues original com os rítmos mais dançantes dos brancos surgiu o rhythm and blues, que levou a música negra ao conhecimento da população consumista.
No início da década de 50, com o final da Segunda Guerra Mundial e da Guerra da Coréia, os Estados Unidos despontavam como grande potência mundial. Mais do que em qualquer outro momento da história era incentivado o gozo da vida, marcada que estava a sociedade pelos anos de sofrimento da guerra. A população de maneira geral e inclusive as minorias pela primeira vez tinha dinheiro para gastar com supérfluos como música. Com o anúncio da explosão de bombas atômicas pela União Soviética e um possível "fim do mundo" a qualquer momento, a ordem geral era aproveitar cada momento como se fosse o último.
Numa época de mudanças surgia uma corrente intelectual inédita contrária à antiga política, rebeldia esta refletida na literatura, como no livro O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger, mas mais notadamente no cinema com a glorificação da antítese dos antigos valores em filmes como O Selvagem (em que Marlon Brando interpreta um delinquente).
Em pleno crescimento econômico capitalista o consumo era considerado fator primordial para geração de empregos e divisas, bem como o melhor antídoto contra o comunismo, e a busca por novos mercados consumidores era incessante. Obviamente a parcela mais jovem da população rapidamente se mostrou mais facilmente influenciavel e ao público adolescente pela primeira vez foi dado o direito de ter produtos destinados ao seu consumo exclusivo, bem como poder de escolha.
Estranhamente porém os jovens brancos em grande parte se negavam a consumir a música normalmente consumida pela maioria branca. Começaram a buscar na música dos guetos algo diferente. Com a indústria fonográfica de grande porte não preparada para suprir o público consumidor com este tipo de música ganharam importância selos pequenos de música negra.
A aceitação deste tipo de música pelo público de maior poder aquisitivo levou a incipiente indústria fonográfica da época a investir na evolução do estilo e procura e contratação de novos talentos, principalmente na procura de um jovem branco que pudesse domar aquele estilo aliando a ele uma imagem que pudesse ser vendida mais facilmente. Tornaram-se comuns os relançamentos de versões de músicas dos negros regravadas por artistas brancos, que terminavam por tirar os verdadeiros criadores do estilo do topo das paradas.
Uma outra grande revolução de costumes estava em curso. Sexo deixava de ser tabu e passava a ser considerado diversão (tanto para o homem como para as mulheres). As canções de amor por pressão do público comprador passavam a dar lugar a letras mais sacanas, embora muitas vezes fosse necessário criar versões atenuadas de versos mais diretos.
A mistura explosiva da empolgante música negra com o consumismo branco adolescente havia sido feita... a explosão era questão de tempo....
Mas quem teria sido o homem que mereceria ser coroado como responsável pela "criação" do rock and roll? Obviamente um estilo musical tão complexo não poderia Ter sua invenção atribuida incontestavelmente a apenas um indivíduo ou grupo de indivíduos. Mas se alguém merecesse ter seu nome associado à "criação" do rock como o conhecemos este alguém não seria Elvis ou Bill Haley ou Chuck Berry ou nenhum outro cantor ou band leader. O "inventor" do termo rock and roll e grande responsável pela difusão do estilo foi o disk jokey Allan Freed, radialista de programas de rhythm and blues de Cleveland, Ohio, que primeiro captou e investiu na carência do público jovem consumista por um novo tipo de música mais energética e primeiro percebeu o potencial comercial da música negra.
O termo rock and roll era uma gíria dos negros americanos, referente ao ato sexual, presente inclusive em muitas letras de blues (a exemplo de My Daddy Rocks Me With a Steady Roll da cantora Trixie Smith, de 1922). Allan Freed foi o responsável por usar o nome sonoro para denominar o novo estilo musical em que estava investindo.
Em 1951 Allan Freed criou o programa Moon Dog Show mais tarde renomeado para Moon Dog Rock and Roll Party ao mesmo tempo em que promovia festas de dança com o mesmo nome, movidas inicialmente a blues e rhythm & blues e mais tarde pelo rítmo que havia ajudado a definir e divulgar. Suas festas apesar dos constantes atritos e reclamações por parte das autoridades eram um sucesso. Tumultos lhe valeram dezenas de processos por incitação à violência.
Enquanto a juventude adotava o novo rítmo como sua marca registrada os adultos, principalmente das parcelas mais conservadoras da sociedade, a taxavam como causa de toda delinquência juvenil... apesar do exagero dos protestos, não estavam de todo errados, o gosto pelo rock era realmente parte do estilo das gangues juvenis.
História do Rock - Parte 02 - Anos 50
http://whiplash.net/materias/historia/000081.html
Musicalmente falando, quem primeiro definiu o estilo rock and roll foi Bill Haley, que baseado principalmente no country criou uma batida diferente acentuada no segundo e quarto tempos de uma marcação 4x4. A data mais comumente aceita como a da criação do rock and roll é a do lançamento da música (We’re Gonna) Rock Around The Clock de Bill Haley and The Comets, em 12 de Abril de 1954, embora dezenas de gravações anteriores já apresentassem um ou outro fator do que viria a se cristalizar como rock and roll (o próprio Bill Haley havia gravado no mesmo ano, um pouco antes, a música Shake Rattle and Roll).
O sonho de encontrar um branco capaz de cantar como um negro havia sido realizado por Sam Phillips, de um pequeno selo chamado Sun Records. Em seu início de carreira com o single de Thats All Right e Blue Moon of Kentucky, logo seguido por Good Rockin’ Tonight e I Don’t Care If The Sun Dont Shine, poucos poderiam acreditar que o Elvis Presley que ouviam no rádio era um branco. Obviamente parecia mais saudável à sociedade conservadora e racista aceitar aquele tipo de música vindo de um rapaz com rosto de bom moço. Qualquer boa intenção porém era desmentida pela maneira agressiva e sensual de dançar.
Embora criado um ano antes o rock and roll só viria a explodir definitivamente em 1955, em grande parte influenciado pela inclusão de Rock Around The Clock como música de abertura do filme Blackboard Jungle (Sementes da Violência) sobre relações tumultuadas entre alunos e professores (uma analogia a algo muito mais amplo, o relacionamento entre o stablishment e a ânsia por mudanças). Uma juventude a cada dia mais delinquente e em busca de herois sem relações com herois do passado rapidamente adotou (para pavor da parcela mais conservadora da sociedade) a rebeldia (mesmo que sem causa) como exemplo a ser seguido, e por tabela a música do filme como catalisador desta rebeldia. Obviamente o novo tipo de música passou rapidamente a ser associado à degeneração da juventude, o que tornava ainda maior seu fascínio, em um ciclo vicioso irresistível.
E quando todos pensavam que nada pior poderia influenciar em tão grande escala a juventude americana eis que um negro, Chuck Berry, sobe às paradas com uma versão para o hit country Ida Red, renomeado para Maybelline (da qual consta o nome de Allan Freed como autor embora este não tenha ajudado na composição). Embora nunca tenha conseguido para si o título que lhe poderia ser devido de rei do rock (usurpado pelo branco Elvis) sua importância nunca foi discutida.
Ainda mais assustadora para os conservadores porém seria a aparição nas paradas de um segundo negro, Little Richard, este ainda por cima afeminado, maquiado e com um penteado no mínimo exótico, cantando em seu primeiro verso o que viria a ser para sempre o grito de guerra mais conhecido do rock and roll, tão indecifrável quanto contagiante... "a wop bop a loo bop a lop bam boom".. a música... Tutti Frutti.
A prova definitiva de que o rock and roll seria a mais lucrativa música de consumo dos próximos anos viria com o pagamento de inéditos 45.000 dólares pelo passe de Elvis Presley (que chegara a ser aconselhado a voltar a dirigir caminhões menos de dois anos antes) para a gravadora major RCA Victor.
Em 1956 enquanto Elvis Presley consolidava seu sucesso com novos hits como Heartbreak Hotel, Blue Suede Shoes (que deveria ter sido lançada pelo seu autor, Carl Perkins, não tivesse este sofrido um grave acidente de carro que o deixou paralisado um ano) e regravações de músicas já consagradas como Tutti Frutti (com Little Richard) e Shake Rattle and Roll (com Bill Haley) tornava-se urgente para outras gravadoras achar artistas que pudessem rivalizar Elvis ou ao menos conseguir alguma repercussão usando de seu estilo.
A Sun tentando se livrar do estigma que a perseguiria de ser apenas a gravadora que descobriu Elvis e o vendeu por (apenas depois isso seria óbvio) uma ninharia, lançava Roy Orbison com Ooby Dooby. Como pianista já tinha em seus estúdios aquele que viria em pouco tempo a ser seu grande trunfo e tentativa mais eficiente de igualar o sucesso de Elvis, Jerry Lee Lewis. A Capitol Records responderia a Elvis com Gene Vincent and The Blue Caps, marcado pelo estilo do vocalista que balançava em torno de sua perna parada (na verdade paralisada em virtude de um acidente de moto) e pelo hit Be Bop A Lula.
Com uma sonoridade um pouco diferente, mais marcada pela música negra de origem, principalmente gospel, começava a despontar o talento de James Brown com o quase soul Please Please Me.
Já sobre o comando do empresário Tom Parker o talento de Elvis era aproveitado também no cinema no filme The Reno Brothers, logo renomeado para Love Me Tender em virtude do grande sucesso da canção tema. Não tardam a aparecer outros filmes com participações de astros do rock, como Rock Around The Clock e Don’t Knock The Rock (apresentando Bill Haley e Allan Freed), The Girl Can’t Help It (Little Richard, Gene Vincent, Eddie Cochran), entre outros. Enquanto isso, na Inglaterra, com algum atraso, o filme Blackboard Jungle levava o rock and roll ao reino unido.
Com o alistamento obrigatório de Elvis Presley nas forças armadas em 1957 o fim do rock and roll foi anunciado pela primeira vez. Afinal o que haveria neste rítmo que o poderia fazer mais durável do que tantos outros como o cha-cha-cha, a rumba, o calipso, o mambo?
Contrariando todas as previsões novos hit makers surgem de onde menos se espera. Se juntando à banda Crickets o até então inexpressivo Buddy Holly, de Nashville, prova com os hits açucarados That Will Be The Day e Peggy Sue que o rock poderia ser domado e usado associado a um bom moço e letras românticas sem segundas intenções.
As esperanças de menos rebeldia e dias mais calmos no radio não se concretizariam, obviamente. Seja por lançamentos como School Days de Chuck Berry (uma ode ao fim das aulas) ou pela explosão tardia de Jerry Lee Lewis com Crazy Arms e Whole Lotta Shakin’ Going On.
Com o ingresso de Elvis nas forças armadas (a despeito de este ter deixado gravado material para dezenas de lançamentos e um filme gravado, King Creole) Jerry Lee Lewis era o candidato natural para seu posto, rebelde, carismático... e branco. Seu apelo ao público era proporcional ao seu ego e Great Balls Of Fire rapidamente se tornou o sucesso do ano de 1958. Sua carreira viria a derrocar de maneira tão meteórica quanto surgira em virtude de vir a público seu casamento com a prima de 13 anos, Myra Gale Brown, e de ele nem ao menos ter tido o cuidado de desmanchar um de seus casamentos anteriores, sendo portanto um bígamo, o que era demais para a sociedade da época.
1958 vê ainda Chuck Berry lançar dois dos maiores clássicos do rock de todos os tempos, Sweet Little Sixteen (sim, sobre garotas adolescentes) e Johnny B. Goode (quase auto biográfica). O Rock bonzinho e romântico por sua vez reage com All I Have To Do dos Everly Brothers. James Brow lança seu primeiro grande hit, Try Me.
O ano negro de 1959 começou marcado pelo acidente de avião que em janeiro, em Clear Lake, Iowa, matou Buddy Holly, Big Booper e o recém descoberto chicano Ritchie Valens (do sucesso La Bamba). Após uma apresentação conjunta durante uma mal-sucedida turnê de inverno chamada Winter Dance Party , o avião que transportava o grupo de uma cidade para outra, em meio a uma tempestade de neve e com um piloto inexperiente, caiu pouco após a decolagem, não deixando sobreviventes.
A década termina com Chuck Berry sendo preso por cruzar uma fronteira estadual com uma prostituta (que teoricamente havia sido contratada para trabalhar em um clube de sua propriedade em Saint Louis). Seu grande crime obviamente era ser negro em uma sociedade racista e ter alcançado tanto sucesso. Berry foi julgado e condenado a dois anos de cadeia.
Os fatos citados acima eram emblemáticos e fáceis de notar mas os problemas do rock não se reduziam a estes. O estilo estava gasto em virtude da superexposição e mesmo grandes nomes como Carl Perkins e Jerry Lee Lewis estavam tomando o caminho mais lucrativo do country. Elvis Presley, de volta de seu serviço nas forças armadas, passaria de rockeiro rebelde a entertainer familiar, gravando praticamente apenas baladas. A juventude finalmente notara que Bill Haley e Allan Freed afinal já não tinham idade para serem ídolos jovens. Talvez o rock finalmente tivesse morrido. Ou talvez apenas precisasse de algumas mudanças.
História do Rock - Parte 03 - Anos 60
http://whiplash.net/materias/historia/000082.html
Continuando a série de fatalidades entre os rockstars iniciadas em 1959, já em abril de 1960 morreria Eddie Cochran em uma colisão de um táxi contra um poste de energia elétrica. No mesmo carro estava Gene Vincent que juntamente com a namorada de Eddie sofreu apenas ferimentos. O impacto emocional do acidente talvez tenha sido o motivo pelo qual Gene Vincent não mais apresentou a mesma performance e iniciou o declínio de sua careira (chegando a desmaiar no palco durante uma tour pela Inglaterra).
No final da primeira fase do rock and roll também foi emblemática a perseguição ao criador do estilo, Allan Freed, processado e condenado ao pagamento de uma multa de mais de US$30.000 por ter recebido pagamentos em troca da execução de determinadas músicas em seus programas e festas. Alegava-se que as atitudes anti-éticas de Allan Freed haviam sido responsáveis pelo sucesso do rock and roll que de outra forma não poderia ter atingido tamanha repercussão. Allan Freed após a divulgação deste escândalo foi obrigado a se retirar da atenção do público.
Mas enquanto o rock declinava sensivelmente no seu pais de origem, do outro lado do Atlântico, na Inglaterra, principalmente nas cidades portuária (por terem estas acesso mais fácil às músicas que vinham do continente americano), crescia o interesse pelo rock and roll. Billy Furry foi o primeiro artista de rock inglês a ter alguma repercussão nos Estados Unidos, ainda baseado nos conceitos comerciais do rock original, com músicas feitas por encomenda. Na cidade de Liverpool estava tomando forma um movimento cultural que tomou o nome de um fanzine musical local, Mersey Beat. Entre as bandas locais já destacavam-se os Beatles.
Em oposição ao rock juvenil e inocente da década de 50, começaram a surgir nos Estados Unidos artistas mais preocupados em passar mensagens importantes através da música. Com base na música folk e tocando em bares surgiam artistas como Bob Dylan e Joan Baez, que em muito breve viriam a mudar o rosto do rock. O movimento intelectual chamado de Beatnik foi de grande importancia na formação deste novo estilo. O Beat era caracterizado pela valorização da individualidade, do livre arbítrio, da experimentação e da mudança, em contradição à manutenção dos antigos valores considerados importantes pela burguesia.
Em 1963 Bob Dylan já era um astro de relativa repercussão e suas letras inteligentes chamavam a atenção de público e crítica, fato inédito até então na música pop. Em abril fez seu primeiro grande show em New York, e teve uma apresentação no programa de TV de Ed Sullivan cancelada em virtude do conteúdo "revolucionário" de suas letras. Já em maio ocorreria na Califórnia o Monterey Festival reunindo Bob Dylan e Joan Baez, além de outros artistas do estilo como Peter Seeger e o trio Peter, Paul & Mary. Rapidamente a música folk e principalmente Bob Dylan seriam taxados de comunistas e degenerados, o que obviamente atraiu a atenção do público jovem e aumentou o apelo do novo estilo.
Do rock ao estilo antigo talvez a única grande novidade no início da década de 60 tenham sido os Beach Boys, banda a início dirigida basicamente à comunidade de surfistas mas que terminou por ter uma inesperada repercussão com o hit Surfin’ Usa (um plágio descarado a Sweet Little Sixteen de Chuck Berry, por quem seriam processados neste mesmo ano). Em seu rastro surgiriam outros artistas com temas de surf, como Jan and Dean.
Na Inglaterra, contratados por George Martin da EMI, após terem sido desprezados pela gravadora Decca, em 1963 os Beatles já eram um sucesso sem precedentes usando a formula de juntar o apelo fácil de músicas cativantes a grande presença, bom humor e algum cinismo em entrevistas, que chamavam a atenção da imprensa. Era estranho também para a época que fossem os próprios membros da banda responsáveis por grande parte de suas composições. Com um cover de Come On (música de Chuck Berry) estreava também na Inglaterra, ainda sem grande repercussão, a banda Rolling Stones.
As novidades já não levavam tanto tempo para se espalhar por outros paises. Bob Dylan e outros artistas folk dos Estados Unidos penetravam finalmente o mercado inglês enquanto paralelamente os Beatles conquistavam a américa. Curiosamente em abril de 1964 Bob Dylan era número um na Inglaterra com a música The Times They Are A Changin enquanto os Beatles ocupavam as cinco primeiras posições na parada americana (com Cant Buy Me Love em primeiro lugar). Não haviam atritos ou disputa entre os estilos musicais opostos... as letras e a postura política de Bob Dylan sempre foram abertamente elogiadas pelos Beatles.
Os Rolling Stones se tornavam também um grande sucesso mundial com sua ida aos Estados Unidos pouco após os Beatles (a atitude irreverente dos Stones, com seus frequentes escândalos, era a antítese perfeita à educação e boa aparência dos Beatles, conquistando a parcela mais rebelde do público). Outras bandas inglesas como Herman’s Hermits, The Kinks e The Animals também despontavam.
A partir de 1965, com a banda Yardbirds (de carreira tão curta quanto influente, que teve entre seus membros ninguém menos que Eric Clapton, Jimmy Page e Jeff Beck) e The Who, o rock começava a ganhar uma agressividade inédita, com guitarras mais ditorcidas e mais amplificação.
Em 1966, com o single Substitute o The Who finalmente levava o hard rock pela primeira vez ao topo das paradas (em grande parte devido à repercussão do quebra quebra generalizado promovido após os shows pela banda no palco e pelo público na platéia), enquanto Eric Clapton forma o power trio Cream. Nos Estados Unidos as novidades eram menos agressivas: a fusão definitiva entre o folk e o rock da banda The Byrds e Simon & Garfunkel e as harmonias vocais da banda The Mammas and The Pappas.
As influências das temáticas mais complexas do folk rock eram flagrantes (vide a evolução dos Beatles com o álbum Revolver) e paralelamente às letras mais instigantes os músicos buscavam também levar adiante as sonoridades, explorando instrumentos exóticos e arranjos mais complexos, experimentais e inexperados.
As drogas não mais eram apenas consumidas para eliminar o cansaço, mas sim para buscar prazer e estados alterados de percepção. A música da época foi fortemente influenciada por drogas como LSD, seja porque era composta sobre seu efeito ou porque era composta de maneira a simular ou tentar ampliar seus efeitos. O novo tipo de música foi chamado de psicodélico.
Sobre o efeito de LSD os Beatles gravaram o que possivelmente foi o álbum mais revolucionário da história do rock, Sht Peppers’ Lonely Hearts Club Band, em 1967. Pela primeira vez uma banda de rock rompeu definitivamente com o formato extremamente comercial da música hit single, lançando uma obra em que cada música era apenas uma parte do todo. Tendo gasto mais de 700 horas e seis meses de gravação, tratou-se de um álbum instigante desde a sua capa (uma colagem de personalidades admiradas pelos Beatles) até o último sulco do disco (um ciclo sem fim).
Para muitos Sgt Peppers é considerado o nascimento do rock progressivo (que não se prende a nenhum conceito predefinido, baseado na experimentação e no ineditismo). Divide esta glória com um outro álbum, curiosamente gravado no mesmo estúdio e ao mesmo tempo, The Pipers At The Gates Of Dawn, da banda Pink Floyd, que havia ficado famosa pelas suas performances audiovisuais no underground londrino, capitaneada pelo gênio movido a LSD de Syd Barret.
Descoberto e levado para a Inglaterra pelo ex-Animals Chas Chendler, Jimi Hendrix seria uma outra grande revelação de 1967. Com seu segundo single, Purple Haze (o primeiro havia sido Hey Joe, um ano antes) Hendrix captou a atenção não apenas do público, mas de astros como Eric Clapton e Mick Jagger, criando uma nova sonoridade e ampliando definitivamente o papel e os recursos da guitarra elétrica no rock.
Baseados na agressão ao stablishment e na liberdade (sexual e de experimentação) herdada do pensamento beat, surgia nos Estados Unidos o movimento hippie, concentrado principalmente em San Francisco, e tendo como expoentes bandas como Gratefull Dead, Jefferson Airplane (claramente influenciadas por drogas) e The Doors (com seu primeiro single, Light My Fire) e artistas derivados da música folk como Janis Joplin. São marcos da época as flores no cabelo (daí o termo flower power), os cabelos longos e as comunidades alternativas. O símbolo de três pontas relacionado ao lema "paz e amor" foi tomado da sinalização militar que significava "cessar bombardeio". Nada mais adequado em época de Guerra do Vietnan.
O grande evento do ano de 1967 seria o Monterey Pop Festival que reuniu na California Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Animals, Simon and Garfunkel, Bufallo Springfield, entre outros.
Em 1968 com o final da banda Yardbirds Jimmy Page forma o New Yardbirds logo renomeado para Led Zeppelin, ao mesmo tempo em que o Cream alcançava um merecido sucesso. Uma outra banda de hard rock, Sttepenwolf, na música Born To Be Wild, cunhava pela primeira vez o termo ‘heavy metal’. A sonoridade do Led Zeppelin era inédita, e embora muito baseada no blues, mais agressiva do que qualquer música anterior. Instrumentistas virtuosos, solos e improvisações de tempo indeterminado começavam a se destacar. O hard rock iniciava seu período de apogeu ao mesmo tempo em que os clássicos como Beatles e Pink Floyd, passavam por problemas de convivência cada vez maiores (embora os Beatles ainda fossem levar sua carreira adiante por quase dois anos, o Pink Floyd sofreria uma grande mudança com a saída de Syd Barret).
1969 foi ainda o ano dos grandes festivais. A morte de um fã durante um show dos Rolling Stones durante uma apresentação gratuita no festival de Altamond, California, foi o marco negativo do ano. Mas mesmo esta má impressão não seria capaz de abafar a realização do que possivelmente foi o maior evento de música de todos os tempos, entre 15 e 17 de Agosto, em Woodstock, interpretado por muitos como o marco do início de uma nova era de paz e amor, com apresentações entre outros de Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jefferson Airplane e The Who. No Newport Jazz Festival por sua vez apresentaram-se Led Zeppelin, Jethro Tull, John Mayall, Ten Years After, Jeff Beck, James Brows, Johnny Winter, entre outros.
Com bandas de músicos virtuosos como Pink Floyd, Led Zepellin, Cream, Jethro Tull e Deep Purple, e os super experimentais Mothers Of Invention de Frank Zappa, associados aos trabalhos cada vez mais elaborados de bandas antigas como os Beatles e o The Who (que havia lançado a ópera rock Tommy, elevando definitivamente o rock a categoria de arte) a simplicidade característica do rock dos primeiros tempos havia sumido.
História do Rock - Parte 04 - Anos 70
http://whiplash.net/materias/historia/000083.html
Em 1970 o rock, assim como os roqueiros da primeira geração, já haviam atingido sua maioridade e a inocência dos primeiros tempos era apenas passado. As grandes bandas em sua maioria estavam cercadas dos melhores equipamentos de estúdio e mesmo orquestras (bastante emblemático é o lançamento do Deep Purple, Concerto For Group And Orchestra). Um outro grande passo para a sofisticação fora também a rápida difusão dos sintetizadores (a início os Moogs e Minimoogs inventados por Robert Moog), teclados capazes de criar novas tessituras e variedades sonoras antes impraticáveis.
O fim dos Beatles foi emblemático do fim de mais uma era no rock. Haviam sido talvez a banda que mais ajudara na transição entre o rock básico de letras simples dos primeiros tempos ao rock mais complexo e sério musicalmente e liricamente. Não mais apenas diversão e produto de consumo o rock era definitivamente encarado como expressão artística e social.
O publico de rock se dividia em duas frentes, a dos adolescentes mais interessados nos hits singles de bandas teoricamente "descartáveis" e a dos já amadurecidos rockers dos primeiros tempos, em busca de experimentação, letras elaboradas, álbuns completos.
O rock progressivo começava a se apresentar ao grande público e Greg Lake, após abandonar a banda King Crimson, formava a clássica banda Emerson, Lake & Palmer (acompanhado de Keith Emerson e Carl Palmer), cativando um público cada vez mais sério. O álbum Deja Vu de Crosby, Stills, Nash & Young, é o mais vendido do ano nos estados unidos. Com a aquisição do baterista Phill Collins a banda Genesis iniciava sua careira de sucesso.
Embora o rock progressivo continuasse em expansão, bandas de musicalidade mais simples e muito baseadas no apelo fácil da rebeldia voltavam a surgir para suprir a nova geração, principalmente nos Estados Unidos, como Slade, Sweet, Gary Glitter, T Rex, ou conseguiam um sucesso tardio, como David Bowie, Bay City Rollers e Elton John. A imagem (maquiagem, cabelos, roupas exageradas e coloridas) de músicos como Marc Bolan, do T Rex, iniciavam a definição do estilo Glam Rock (que aproveitavam a imagem exdrúxula e em muitos casos andrógina como fator de marketing).
Na Inglaterra, em 1970, sem requintes musicais, o Black Sabbath gravava seu primeiro disco (conta a lenda que em apenas dois dias), auto entitulado, expandindo as fronteiras do "peso" no hard rock e criando o que possivelmente poderia ser o primeiro disco definitivamente heavy metal conhecido do grande público. O limite dos escândalos envolvendo sexo, drogas e "satanismo" também é empurrado para diante.
Munido de maquiagem e teatralidade inéditos até então Alice Cooper seria a resposta americana ao inédito peso e atitude do Black Sabbath. Surge para o público em 1971 com o hit Eighteen e o álbum Love It To Death.
A cristalização do uso da imagem, do teatro e da "atitude" como fator de marketing tão ou mais importante do que a própria música seria a banda americana Kiss (que lançou seu álbum de estréia, auto-entitulado, em 1974) cujos músicos tocavam maquiados, assumiam personalidades de demônio, animal, homem espacial e deus, voavam, cuspiam fogo, vomitavam sangue e vendiam discos, maquiagem e bonecos como nenhuma banda de simples músicos poderia vender.
Em 1975, paralelamente ao rock elaborado das bandas progressivas ou de hard rock (o Queen lançava seu excelente primeiro disco auto-entitulado) e ao rock comercial glam, surgia nos pequenos bares e casas de show dos Estados Unidos um movimento musical underground marcado por descompromisso e cheio da autenticidade e da real rebeldia que faltava a estes primeiros. Em pequenos locais (como o emblemático CBGB em New York) bandas como Blondie e Ramones. O estilo era marcado pelo "do-it-yourself", a possibilidade de qualquer um (mesmo que não sabendo tocar) montar uma banda.
Foi responsabilidade de Malcon McLaren, até então dono de uma loja de roupas de couro (de certa forma uma sex shop) em Londres, o aproveitamento do novo estilo como algo comercial. Não tendo sido bem sucedido em empresariar a banda americana New York Dolls (que já estavam em franca decadência), McLaren voltou a Londres com a finalidade de montar ele próprio uma banda usando o padrão que havia conhecido nos Estados Unidos. Entre clientes de sua loja recrutou quem tivesse os parcos conhecimentos musicais necessários para formar a banda Sex Pistols. Acrescentaram à música simples e alucinada dos punks americanos letras anarquistas e mais agressivas. Seu primeiro hit foi Anarchy In The Uk, em 1975.
O punk criado nos estados unidos e popularizado na Inglaterra (onde logo viria a se tornar um movimento social do proletariado e não mais apenas um estilo musical) foi uma resposta necessária ao rock que estava se levando a sério demais, aos álbuns duplos conceituais, aos solos de dez minutos e às bandas que perdiam de vista o caráter de diversão do rock. O punk embora considerado por muitos anti-música foi na pior das hipóteses um mal necessário para mostrar e conter alguns exageros do progressivismo.
Em 1977 o primeiro disco dos Sex Pistols, Nevermind The Bollocks entraria direto no primeiro lugar da parada britânica. Aos Sex Pistols se seguiriam dezenas de bandas inglesas e americanas como Clash, Damned, Siouxie and The Banshees, além de serem resgatadas e tiradas do anonimato bandas como Ramones e Blondie.
O estilo também influiria embora indiretamente na sonoridade de novas bandas que surgiam, como Motörhead e AC/DC. O punk também absorveria elementos de outros estilos (como o reggae, por exemplo, de temática e musicalidade semelhantes em sua simplicidade). Bandas como The Police, Simple Minds e Pretenders (e um pouco mais tarde U2) adotariam um estilo que viria a ser conhecido como new wave, mais facilmente aceitável que o punk (cuja fórmula inicial já não surtia tanto efeito comercialmente).
Mas o punk e a new wave não eram a única alternativa à onda "disco" que assolava a música. Começava a se formar na Inglaterra com bandas como Judas Priest, Samsom e principalmente Iron Maiden o que viria a ser conhecido como New Wave Of British Heavy Metal, a resposta do som pesado e elaborado à sonoridade simples do punk. O hard rock também dava sinais de renovação com o primeiro álbum auto-entitulado da banda Van Halen em 1978.
Apesar do fim dos Sex Pistols em 1978 (com a fórmula tão esgotada quanto os próprios músicos após uma imensa tour pelos Estados Unidos) e da morte do anti-heroi, símbolo do punk, Sid Vicious (de overdose, após conseguir liberdade condicional da prisão onde estava por ter supostamente assassinado a namorada) em 1979, o rock nunca mais seria o mesmo após a onda punk.

Anos 90 : década de fusões e experimentações
http://www.suapesquisa.com/rock/
Esta década foi marcada por fusões de ritmos diferentes e do sucesso, em nível mundial, do rap e do reggae. Bandas como Red Hot Chili Peppers e Faith no More fundem o heavy metal e o funk, ganhando o gosto dos roqueiros e fazendo grande sucesso.
Surge o movimento grunge em Seattle, na California. O grupo Nirvana, liderado por Kurt Cobain, é o maior representante deste novo estilo. R.E.M., Soundgarden, Pearl Jam e Alice In Chains também fazem sucesso no cenário grunge deste período.
O rock britânico ganha novas bandas como, por exemplo, Oasis, Green Day e Supergrass.

Década de 90: A rebeldia volta, mas morre
http://www.clubrock.com.br/news/historiadorock.htm
• Britpop: algumas bandas inglesas, que por possuírem uma estética similar, embora sem representar um movimento unitário, costumam ser denominadas britpop. Entram nesta denominação grupos pop como Blur e Oasis assim como grupos menos comerciais como Pulp, Suede, The Stone Roses e Supergrass.
• Grunge: este estilo se assemelha ao punk, mas o grunge tem um cuidado menor na polidez do som (daí o nome do estilo: grunge é um adjetivo em inglês que tem um significado próximo a "sujo") e letras relacionadas com depressão e angustia. Grandes nomes desse estilo foram: Nirvana, Pearl Jam, Alice in Chains, Soundgarden, Mudhoney.
• Neo-Psicodelismo: os ideais de paz e amor são retomados, mas sem a ingenuidade dos anos 60. Exemplo de bandas: Smashing Pumpkins, Cake, Black Crowes e R.E.M., entre outros.
• Funk metal: Inspirado no balanço “funky” misturado a outras vertentes como o "Heavy Metal", o funk metal tomou forma nos anos 90, principalmente por causa de: Red Hot Chili Peppers, Living Colour, Faith No More e Rage Against the Machine.
• Metal melódico/Prog Metal: Um estilo de heavy metal mais leve e cadenciado, bandas como Angra, Stratovarius, Nightwish, Dream Theater, Blind Guardian, Rhapsody e Evanescence são algumas das mais populares.
• Indie-Rock: Bandas de garagem que participam do circuito "independente", fora do mainstream, como Radiohead, Pixies, The Strokes, White Stripes, Coldplay, Travis e Belle & Sebastian, além de algumas bandas britpop.
• New metal: Também conhecido como nu-metal, é caracterizado por bandas que misturam passagens em estilo de rap ou de música eletrônica à sonoridade do rock pesado (analogamente ao Run DMC, nos anos 80). Por conta disso, é ignorado pelos entusiastas puristas de heavy metal. Bandas deste estilo incluem Korn, Static-x, Limp Bizkit, Adema e Slipknot. Alguns atribuem a origem do estilo ao funk metal.
• Poppy punk: Estilo vindo da mistura entre o punk rock original, straight edge e grunge, cujas composições retratam, antes de tudo, a descompromissada vida adolescente, embora isto não seja uma constante. Grupos que se consagraram neste estilo incluem Green Day, Blink-182, NOFX e Offspring (estas duas bandas, as mais enraizadas no hardcore).
Década de 2000: A Predominância Indie
Com o Pop dominando as paradas, o rock parecia ter perdido a força, até que de Nova Iorque 5 garotos jovens, junkies e sujos aparecem com um EP com 3 musicas chamado The Modern Age. Com o surgimento desta banda, denominada The Strokes, o pop insosso e vago que predominou as paradas no final da década anterior dá lugar a algo mais consistente, que não depende de um único sucesso para vender um álbum, mas valoriza todas as músicas nele contidos. Mas não foram só os Strokes que viraram queridinhos da mídia: The Vines, Yeah Yeah Yeahs, Interpol e Libertines tambem foram chamados de "the next big thing" pelo fato de terem algo diferente em relação ao pop atual e terem um público que gosta deles mesmo sem nenhuma emissora os "empurrar goela abaixo". Franz Ferdinand (banda)Franz Ferdinand, Kaizer Chiefs, The Rakes, Bloc Party, Test Icicles, Arctic Monkeys e The Rapture também fazem parte deste movimento.
Paralelamente, o movimento emo explodiu entre 2003 e 2004. Gerado a partir do poppy-punk (estilo punk característico da década de 90 caracterizado, entre outros, por Green Day]] e Blink-182 e do straight edge (variação do punk criada pela banda Minor Threat), esse estilo se caracteriza pelas musicas emotivas, vocalista com voz desproporcional para a idade e um publico pré-adolescente pseudo-rebelde, o que reflete na imagem das bandas e artistas representativos do estilo, como CPM22 e ForFun no Brasil. Assim como o new metal em relação ao heavymetal tradicional, o estilo emo é consistentemente renegado por punks puristas, devido à noção de "atitude" pregada pelo emo, em alguns pontos oposta à original, por ser considerada "politicamente correta" demais.

Raul Seixas o Pai do Rock Nacional

13 jul
Dizem alguns críticos que o rock nacional foi criado pela tropicália e que a jovem guarda deu origem a música sertaneja. É bem verdade que o Raul Seixas fazia parte do movimento Jovem Guarda como guitarrista do Jerry Adriani, no entanto nenhum roqueiro brasileiro teve um trabalho tão marcante, rebelde, autentico e polêmico quanto Raul Seixas.
Por isso considero este cara nascido em Salvador em 28 de junho de 1945 e falecido em São Paulo em 21 de agosto de 1989 o pai do Rock Nacional. Ou vai dizer que você nunca gritou ou escutou alguém gritar “TOCA RAUL” num show?! Eu gritei isso no show do Caetano Veloso. hehehe
Fonte:http://mecanicos.wordpress.com/2010/07/13/raul-seixas-o-pai-do-rock-nacional/



História do Rock Brasileiro
http://alzeheimer.sites.uol.com.br/histock.htm
Introdução
O rock brasileiro nasceu tão logo Elvis Presley disparou o primeiro dos três acordes de That's Alright Mama, e as primeiras cenas de "Rock Around The Clock/Balanço das Horas" - passaram nas telas dos cinemas brasileiros, com a trilha sonora de Bill Halley & His Comets.
O verdadeiro pai do rock brasileiro


Em meados dos anos 50, inicialmente pelas mãos e vozes de orquestras de baile e cantores populares, como Betinho e Seu Conjunto, Nora Ney e Cauby Peixoto, o rock and roll tomou conta dos rádios, televisões e produziu ídolos como Sérgio Murillo, Tony e Celly Campello. Em seguida, com a entrada em cena da fase instrumental, os novos roqueiros agregaram à história do rock nacional os sons das guitarras, influenciados por grupos como os ingleses Shadows e os americanos Ventures, ampliando a cultura musical da juventude. Depois, nos anos 60, com a chegada dos Beatles, dos Rolling Stones e Jimi Hendrix, vieram a Jovem Guarda, a Tropicália e o som de garagem, com seus yê-yê-yês, distorções de guitarras e contestação. A experiência acumulada desembocou na geração dos anos 70, com o rock made in Brazil, que aprofundou as misturas sonoras, incorporando o progressivo, a música rural e outros sons nordestinos. As várias fases do rock brasileiro seguem explicadas abaixo.


Anos 50
A história do rock no Brasil é basicamente a mesma dos demais países, exceto Estados Unidos, onde ele nasceu, e Inglaterra, onde, de certa forma, o skiffle assimilou a seu jeito e de forma mais rápida a nova linguagem musical. Ao chegar em terras brasileiras, diante da inexperiência dos jovens frente ao ritmo novo, aos instrumentos e, mesmo, à falta de espaço social para a juventude, o rock and roll foi absorvido inicialmente pelas orquestras de jazz, e pelos cantores tradicionais, responsáveis pelos primeiros hits do novo gênero. Assim, Nora Ney, uma cantora de boleros e samba canção, gravou o primeiro rock – Rock Around the Clock (em inglês); Betinho e seu Conjunto é responsável pelo primeiro rock com guitarra elétrica, o clássico Enrolando o Rock, onde tocou uma Fender Stratocaster; e, ainda, é do compositor Miguel Gustavo, com interpretação de Cauby Peixoto, o primeiro rock com letra em português – Rock and Roll em Copacabana. Mas, de forma especial, foi com a exibição do filme Balanço das Horas (Rock Around the Clock), com trilha sonora de Bill Halley & His Comets, que o rock and roll estourou no país, provocando tamanha confusão nos cinemas, que levou, por exemplo, o governador de São Paulo, Jânio Quadros, a emitir "Nota Oficial", com o seguinte conteúdo: "Determine à polícia deter, sumariamente, colocando em carro de preso, os que promoverem cenas semelhantes. Se forem menores, entregá-los ao honrado Juíz. Providências drásticas". Também marco histórico do nascimento do rock nacional é o 78rpm com as músicas Forgive Me/Handsome Boy, gravado em 1958 pelos irmãos Tony Campello e Celly Campello, vindos do interior de São Paulo, que abriu definitivamente o caminho do disco, dos programas de rádio e televisão e shows. Depois, vieram Sérgio Murilo, Demétrius, Baby Santiago, Wilson Miranda, Ronnie Cord e outros, como Erasmo Carlos (com os Snakes), Eduardo Araújo, Albert Pavão e Renato e Seus Blue Caps, que fizeram a história daquela e das futuras gerações. Entre os clássicos da época, destacaram-se, entre outros, Rock de Morte (Sérgio Murilo), Rock do Saci (Demétrius), Bata Baby (Wilson Miranda), Estou Louco (Baby Santiago), Vigésimo Andar (Albert Pavão), Banho de Lua (Celly Campello), Rua Augusta (Ronnie Cord), Baby Rock (Tony Campello) e Diana (Carlos Gonzaga).
Anos 60

A década de sessenta abriu com a mistura de rock tradicional, som instrumental, surf music e outros ritmos como o twist e o hully gully. Com o surgimento dos Beatles e dos Rolling Stones, o rock brasileiro explodiu definitivamente sob diversas formas, transformando-se em um dos mais criativos da América Latina. O movimento Jovem Guarda, liderado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa, envolveu a maioria da juventude, com programas de televisão, shows ao vivo e inúmeros discos, entre lps e os lendários compactos. Em 1966, sob o comando de Roberto Carlos (foto), o I Festival de Conjuntos da Jovem Guarda, promovido pela TV Record, espalhou a febre do rock pelo país, que tomou conta das garagens, clubes sociais, televisões regionais, festas de igreja e aniversários. Além dos três, também destacaram-se os cantores Eduardo Araújo e Ronnie Von e os grupos Renato e Seus Blue Caps, Os Incríveis e The Fevers, entre outros. Ao lado da Jovem Guarda, também a Tropicália, eliminando as fronteiras sonoras e culturais, introduziu a guitarra na tradicional MPB e o discurso político no rock, produzindo a versão brasileira da psicodelia mundial. Neste movimento, destcaram-se intérpretes, compositores e arranjadores como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto, Rogério Duprat e, de forma especial, o grupo Mutantes. Ainda, além desses espaços mais visíveis, o som de garagem também marcou a sua presença no cenário roqueiro nacional, por meio de inúmeros grupos que deixaram raros lps e compactos para a história, como Som Beat, Baobás, Beat Boys e Liverpool.

Anos 70
Os anos 70 foram marcados pelas bandas e intérpretes "made in Brazil", que afirmaram definitivamente a identidade do rock nacional, compondo e cantando em português e, também, ampliando o domínio da técnica, dos equipamentos e dos estúdios. Foi a década que também introduziu no país os grandes shows, tanto em casas de espetáculos, ginásios e, de forma especial, ao ar livre. Iluminados pelo exemplo dos Mutantes, dezenas de grupos desdobraram-se em variadas experiências, do rock visceral do Made In Brazil, ao progressivo Som Nosso de Cada Dia, liderado pelo ex-Incríveis Manito, passando pela psicodelia barroca d'A Barca do Sol, pelo rock rural do Ruy Maurity Trio ou pela mistura de progressivo/erudito/música regional do grupo O Terço, entre outros. Destacaram-se ainda nos anos setenta, os grupos Som Imaginário, O Peso, Bixo da Seda, Moto Perpétuo, Módulo Mil, Arnaldo (Baptista) & Patrulha do Espaço; Sá, Rodrix & Guarabira; Secos & Molhados e Veludo, entre outros. O grande destaque desta década é o surgimento de Raul Seixas que, depois de liderar o grupo Raulzito e Os Panteras, em meados dos anos sessenta, e produzir inúmeros artistas para a CBS, entre eles Jerry Adriani, transformou-se no maior roqueiro do Brasil, com sua colagem universal de Elvis Presley/John Lennon/Luiz Gonzaga.
Anos 80
Nos anos 80, o rock brasileiro se firma no mercado. Nomes consagrados da MPB e da música romântica cedem espaço nas paradas de sucesso a artistas influenciados pelas novas tendências internacionais. Punk, new wave e reggae ecoam no Brasil. O grupo Blitz, liderado por Evandro Mesquita, é o primeiro fenômeno espontâneo. Sua música "Você não soube me amar", de 1982, é sucesso nacional. Segue-se um surto de novos talentos, como Barão Vermelho, que tem Cazuza, considerado o maior letrista do rock brasileiro dos anos 80, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso e Camisa de Vênus. São eles os novos interlocutores da juventude. Uma fusão de MPB com a música pop internacional ganha espaço no rádio. Eduardo Duzek, Marina Lima, Lulu Santos, Lobão e Ritchie são os representantes dessa tendência. O grupo paulistano RPM, liderado por Paulo Ricardo, chega a vender 2 milhões de discos entre 1986 e 1988. Ainda de São Paulo emergem Ultraje a Rigor (com a música Inútil) e Titãs, cujo disco Cabeça dinossauro transforma-se em marco da musicalidade produzida no período.
Veja uma lista das bandas nacionais que mais se destacaram nos anos 80:
Blitz, Barão Vermelho, Camisa de Vênus, Titãs, Ultraje a Rigor, Ira!, Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso, Engenheiros do Havaí, RPM, Cabine C, Kid Abelha & os Abóboras Selvagens, Heróis da Resistência, João Penca e os Miquinhos Amestrados, Capital Inicial, Plebe Rude, Finis Africae, Biquini Cavadão, Lobão e os Ronaldos, Ritchie, Rádio Táxi, Roupa Nova, Lulu Santos, Leo Jaíme, Kiko Zambianchi, Os Inocentes, Cólera, Ratos de Porão, Garotos Podres, Olho Seco e Mercenárias

Anos 90

Nos anos 90, aparecem grupos cantando em inglês, que abrem perspectivas de sucesso internacional. O grupo mineiro Sepultura consagra-se na Europa e nos Estados Unidos. O grupo paulistano Viper conquista o Japão. A partir de 1993 voltam a fazer sucesso bandas que cantam em português e incorporam ritmos regionais nordestinos, como os Raimundos (de Brasília) e Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A (do Recife).

Década de 1990
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rock_no_Brasil


Skank.
A década começou com apenas uma novidade: a MTV Brasil, em 1990. E o primeiro "grande grupo" da década foram os mineiros Skank, que misturavam rock e reggae. Ao longo da década, outros grupos mineiros surgiriam, como Pato Fu, Jota Quest e Tianastacia.
Em 1994, surgiu em Recife o movimento Mangue beat, liderados por Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S/A. O movimento misturava percussão nordestina a guitarras pesadas, conquistando a crítica.
Entre 94 e 95 surgiram dois grupos bem-sucedidos pelo humor: os brasilienses Raimundos (94), com o ritmo forrocore" (forró+hardcoe) e os guarulhenses Mamonas Assassinas (95), parodiando do heavy metal ao sertanejo, que chegaram a fazer 3 shows por dia e venderam 1,5 milhão de cópias antes de morrerem em um acidente de avião, em 96 (chegaram a 2,6 milhões).
Alguns rappers tiveram ligação íntima com o rock, como Gabriel o Pensador, o Planet Hemp (que pedia a legalização da maconha) e o Pavilhão 9 (que falava de violência policial).
O Sepultura teve um crescimento de popularidade nos anos 90, culminando no álbum Roots, que fez da banda uma das principais do heavy metal mundial na época e lhes rendeu razoável exposição no mainstream. Pouco tempo depois, Max Cavalera, membro fundador e frontman, saiu da banda, dando lugar a Derrick Green.
Seguindo o caminho do Sepultura, o Angra também gravou músicas em inglês, misturando power metal com ritmos tipicamente brasileiros. A banda alcançou sucesso na cena heavy metal brasileira e reconhecimento mundial, sendo muito bem recebidos na França e, principalmente, Japão.
Outros destaques são O Rappa, também reggae/rock; Charlie Brown Jr., um "skate punk" com vocais rap; Cássia Eller, com um repertório de Cazuza e Renato Russo; e Los Hermanos, que surgiram com "Anna Júlia", canção pop que não combinava com a imagem intelectual da banda.
Outro fato da década é que todas as bandas do "quarteto sagrado" (exceto a Legião) tiveram de se reinventar para reconquistar audiência: os Paralamas, depois de uma fase experimental, voltaram às paradas com Vamo Batê Lata (95); o Barão Vermelho, com o semi-eletrônico Puro Êxtase(98); e os Titãs, com seu Acústico MTV (97). Depois de um tempinho, surgiram Wilson Sideral e Flávio Landau (ambos irmãos de Rogério Flausino vocalista do Jota Quest); Wilson Sideral emplacou nas rádios brasileiras o seu primeiro sucesso que foi a faixa "Não pode parar", e depois de um tempo foi "Zero a zero".
[editar] Década de 2000


Banda apresentando-se em festival de Rock promovido pelo SESC, em Boa Vista (Roraima)
O ano de 2001 foi um ano "trágico" para o rock brasileiro. Herbert Vianna, dos Paralamas, sofreu acidente de ultraleve e ficou paraplégico (mas voltou a tocar); Marcelo Frommer, dos Titãs, morreu atropelado; Marcelo Yuka, d'O Rappa, foi baleado e ficou paraplégico (saiu da banda); e Cássia Eller morreu.
As bandas dos 90 passaram por muitas mudanças: o Skank ficou mais britpop e cheio de experimentalismo nas músicas o que foi visto nos discos Cosmotron (2003) e Carrossel (2006); o líder dos Raimundos, Rodolfo, converteu-se a uma igreja evangélica e saiu da banda para formar o Rodox (que também acabaria algum tempo depois) (atualmente faz carreira solo com músicas gospel);
Também surgiu a banda Detonautas Roque Clube na ativa desde 1997, são reconhecidos pelo grande público em 2002, chegando a abrir shows de Red Hot Chili Peppers e Silverchair.
No heavy metal brasileiro, embora permaneçam underground, viu-se o surgimento de novas bandas que conseguiram carreira internacional: Shaman, Hangar, Mindflow, Hibria, Torture Squad, Burning in Hell, Shadowside, entre outras. As bandas consagradas da década passada, como Dr. Sin, permaneceram como grandes nomes na cena metálica, que teve Sepultura e Angra ainda como suas principais figuras. Igor Cavalera, último membro original, deixou o Sepultura em 2006. O Angra também passou por mudanças em sua formação: Andre Matos, Luis Mariutti e Ricardo Confesori saíram, sendo substituídos por Eduardo Falaschi, Felipe Andreoli e Aquiles Priester, respectivamente. Andre Matos, juntamente com os outros ex-membros do Angra, formaram o Shaman, que logo alcançou o status de grande banda. Atualmente, Andre Matos segue em carreira solo.
Uma das maiores revelações no rock brasileiro foi a cantora baiana Pitty,que emplacou hits como "Semana que Vem","Na Sua Estante" e "Me Adora".
A partir dos anos 2000, começaram a surgir bandas de rock com influências do emotional hardcore, que ganharam muito destaque graças à internet e a redes sociais, como o Orkut. Alguns exemplos dessa safra de bandas são o Nx Zero e Fresno, que têm letras simples que tratam de sentimentos e emoções e que ainda fazem muito sucesso. E, mais atualmente, a partir de 2009, uma nova tendência tomou conta do cenário do rock brasileiro: o "Happy Rock", ou rock colorido, que é um tipo de "rock" com fortes influências do powerpop da década de 80 e do pop rock estadunidense, especialmente dedicado para o público feminino jovem e tem como suas principais características as roupas coloridas, óculos new wave, uso de sintetizadores e letras agitadas, alegres. Os principais representantes desse novo segmento são as bandas Restart e Cine entre outras. Porém ainda prevalesse o seu antigo rock com o Legião Urbana, CPM 22, Charlie Brown Jr., Capital Inicial, Detonautas, Cássia Eller e outras.[3]. Recentemente um grupo se uniu via rede social, e está tentando resgatar o Rock Clássico através da tribo Basic Rock.[

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