quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Dia de reflexão



Hoje, 15 de outubro de 2009, dia do professor.
Parabéns, parabéns mesmo, pois tudo caminha contra o professor e a educação, principalmente contra a educação pública!

A educação é um direito do cidadão e um dever do Estado, a educação conscientiza, humaniza e liberta!

Escolas sem estrutura física adequada, salas quentes, velhos quadros de giz para adoecer o profissional da educação, sem perspectiva de melhora ou plano de carreira. Em muitos casos, um coveiro(com apenas o ensino fundamental) ganha mais do que um professor(formado)! Deve ser devido a situação de óbito da educação e da profissão de professor...
Pois é, existe hoje no Brasil um déficit de professores muito grande, quais são as conseqüências?
A fórmula é: Sem professor = sem educação. Um país sem educação é um país sem futuro!
Muitos largam a profissão, por doença, desenganados com uma profissão sem perspectivas.

O pior, existe um decréscimo no número de alunos que prestam vestibular para as licenciaturas, os que entram nas universidades para cursar tais áreas, muitos mudam de curso ou simplesmente desistem, outros se formam mas vão procurar empregos ou  fazer concursos em outras profissões.
As autoridades (in)competentes nada fazem para melhorar esse quadro, aliás fazem, mas para piorar. São tantos impostos, mas praticamente nenhum investimento, a educação só aparece nos discursos demagógicos nos períodos de eleição.
Num mundo capitalista, de alta competitividade, o trabalho exigindo cada vez mais qualificação e o povo não tem acesso nem a um ensino fundamental de qualidade, como o país vai ter um futuro se o povo não tem educação e, por conseqüência qualificação?
Hoje é o dia de parabenizar o professor, que resiste diante dessa realidade perversa, hoje é um dia de reflexão de toda a população sobre qual o futuro das crianças, jovens, adultos e do próprio país, hoje é um dia de Luta!
Professores lutem, conscientizem seus alunos!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

José Saramago

Saramago chama Igreja de "reacionária" e acusa Bento XVI de "cinismo" 

Qua, 14 Out, 04h25
Essa matéria está disponível no site Yahoo!(clique aqui para acessar) Roma, 14 out (EFE).- O escritor português e Nobel de Literatura (1998) José Saramago chamou o papa Bento XVI de "cínico" e disse que a "insolência reacionária" da Igreja precisa ser combatida com a "insolência da inteligência viva".
"Que Ratzinger tenha a coragem de invocar Deus para reforçar seu neomedievalismo universal, um Deus que ele jamais viu, com o qual nunca se sentou para tomar um café, mostra apenas o absoluto cinismo intelectual" desta pessoa, disse Saramago em um colóquio com o filósofo italiano Paolo Flores D'Arcais, que hoje lança "Il Fatto Quotidiano".
Saramago, por sua vez, encontra-se na capital italiana para divulgar o livro "O Caderno" e se reunir com amigos italianos, como a vencedora do Nobel de Medicina Rita Levi Montalcini (1986).
No colóquio com Flores D'Arcais, Saramago afirmou que sempre foi um ateu "tranquilo", mas que agora está mudando de ideia.
"As insolências reacionárias da Igreja Católica precisam ser combatidas com a insolência da inteligência viva, do bom senso, da palavra responsável. Não podemos permitir que a verdade seja ofendida todos os dias por supostos representantes de Deus na Terra, os quais, na verdade, só tem interesse no poder", afirmou.
Segundo Saramago, a Igreja não se importa com o destino das almas e sempre buscou o controle de seus corpos.
Perguntado se o pouco compromisso dos escritores e intelectuais poderia ser uma das causas da crise da democracia, o escritor disse que sim. Porém, disse que este não seria o único motivo, já que toda a sociedade encontra-se nesta condição, o que provoca uma crise de autoridade, da família, dos costumes, uma crise moral em geral.
Saramago destacou que o fascismo está crescendo na Europa e mostrou-se convencido de que, nos próximos anos, ele "atacará com força". Por isso, ressaltou, "temos que nos preparar para enfrentar o ódio e a sede de vingança que os fascistas estão alimentando".
A visita de Saramago a Roma acontece a um dia do lançamento do seu mais novo livro "Caim", no qual volta a tratar da religião. EFE

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A luta de classes nas escolas de Natal

Fonte: Blog do Edmilson Lopes 

Domingo, 11 de Outubro de 2009

Jornais e TVs do Rio Grande do Norte, nos últimos dias, têm destacado os confrontos entre adolescentes estudantes de dois colégios situados na área central da cidade do Natal. Tais acontecimentos legitimaram a histeria que tomou conta de parte dos analistas da vida cotidiana na província. Tudo se passa como se uma nova epidemia tomasse conta da província. E, mais uma vez, as torcidas organizadas, sempre elas!, foram apontadas como a causa explicativa dos performáticos confrontos protagonizados por meninos e meninas estudantes das escolas públicas natalenses.

Uma primeira e interessante constatação diz respeito ao rompimento das fronteiras de gênero. Meninas participam ativamente dos eventos. Incitam, provocam e se divertem com as brigas dos rapazes. Estes, destituídos dos rituais de passagem que até a geração de seus pais demarcavam as fronteiras entre o menino e o adulto, encontraram na rua um espaço físico e social para a afirmação social. E essas brigas são performáticas. São encenações, nem por isso sem conseqüências em termos de agressões físicas, que alimentam e se alimentam de sites de relacionamentos...

Mas para além da fenomênica sociologia de botequim a qual se entregam, com indisfarçável sofreguidão, psicólogos e policiais de plantão, talvez seja interessante nos perguntarmos sobre o que está a ocorrer sem pressa de encontrar uma resposta pronta. Trata-se de nos questionarmos a respeito de que processos ou tendências sociais poderiam ser tomados como referências para uma produção de sentido desses eventos tão destacados na mídia da província situada na esquina do Atlântico Sul.

Talvez devêssemos começar destacando que há um sofrimento social e um conjunto de pequenas ou grandes desordens familiares que impactam profundamente a vida escolar dos adolescentes envolvidos nas disputas sócio-espaciais teatralizadas como “brigas de torcida”. De forma um tanto caricata, poderíamos dizer, seguindo indicação de Charles Tilly, de que os adolescentes natalenses encontram na Gang Alvinegra e na Máfia Vermelha algo como “repertórios culturais” através dos quais ecoam a sua dramática reivindicação de um “lugar no mundo”. Por outro lado, e aí já nos deparamos como o que uma velha amiga, weberiana de carteirinha, denominaria de “efeito perverso”: quando meninos e meninas do Atheneu ou do Churchill assomam as ruas adjacentes às suas escolas para as suas, digamos, performances, eles e elas vão, aos poucos, adquirindo uma “cultura da rua”. Essa cultura condensa códigos, valores e gestos corporais distintos, quando não opostos, àqueles legitimados pela cultura escolar oficial. Esse “efeito perverso” cresce como uma bola de neve e toma de conta das mais diversas esferas da vida social, das amizades ao sexo, da vida familiar ao trabalho...

Se os eventos produzidos, ampliados e amplificados pela imprensa local, legitimam a entrada em cena da polícia, o resultado mais do que previsível é a radicalização do confronto daquela “cultura da rua” com a cultura escolar oficial. Uma das expressões desse confronto é o aumento da tensão nas relações entre professores e alunos. As salas de aulas transformam-se, mais e mais, em palcos de agressões veladas, absenteísmo e intolerância. Para os meninos e meninas, os adultos e sua “cultura escolar” expressam um mundo indesejado. Um mundo cinzento e entristecido, sem excitação, sem risco e nulo de promessas de identidade para o presente. Os professores, figuras que, não raro, expressam a continuidade da autoridade (em crise) dos pais, passam a se relacionar mais com figuras sociais, midiaticamente construídas, como é o caso da figura do “adolescente envolvido com torcida organizada”, do que com os meninos e meninas reais que adentram as suas salas de aula.

Alguém já escreveu que os ortodoxos fogem do olhar sobre o abismo, pois, temem que este os trague. Parece ocorrer o mesmo com os candidatos a sociólogos de botequim destas plagas. Tudo se explica por referências genéricas a busca por “identidade” ou à crise da família. Talvez devêssemos olhar mais para o “nosso mundo” (de adultos, professores, policiais, pais, autoridades e que tais) e nos perguntarmos o que ele é hoje. Ou, na mesma direção, em que quimera ele está se transformando. Daí, que m sabe, possamos nos questionar sobre as suas ofertas para inquietos meninos e meninas. Assim procedendo, quem sabe?, talvez pudéssemos entender melhor essa cultura juvenil emergente e os seus modelos culturais.

http://blogdoedmilsonlopes.blogspot.com/2009/10/luta-de-classes-nas-escolas-de-natal.html 

sábado, 10 de outubro de 2009

Correr, correr e correr...

                                       Dica de leitura   


Olá pessoal, para quem gosta de ler, para quem gosta de caminhar ou correr( pouco, "mais ou menos" ou muuuuuiito), o livro "O Ultramaratonista" é muito bom, mesmo que você não goste nem de caminhar, fala das aventuras de Dean Karnazesque em cada corrida que  participou, imagine: uma maratona são 42 km, ultramaratona é uma corrida muiiiiito maior...


Agora, Dean Karanazes lança o livro "50 maratonas em 50 dias", relatando a proeza que foi correr uma maratona por dia durante 50 dias consecutivos! Um feito pra lá de fenomenal.

domingo, 4 de outubro de 2009

O Brasil vai sediar as Olimpíadas 2016


Logo Rio 2016

     O Brasil parou para assistir, o presidente Lula  fez um discurso empolgante, 85% da população do Rio de janeiro queria e o a cidade maravilhosa foi escolhida. Após uma uma votação emocionante, o Rio de Janeiro será a cidade das Olimpíadas de 2016.
Clipes Rio 2016:




Logo das cidades que disputaram:




O discurso do presidente:


A emoção do presidente Lula:

sábado, 3 de outubro de 2009

Karate Science - Karate - mais uma vez fora das Olimpíadas | karatescience.esporteblog.com.br

O blog karate science escreveu um boa matéria sobre a votação que tirou a possibilidade do karatê entrar na próxima olimpíada.
Karate Science - Karate - mais uma vez fora das Olimpíadas | karatescience.esporteblog.com.br

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karatê do

O caminho dos pés e das mãos.

O Karate é uma arte marcial criada no final do séc XIX na ilha de Okinawa. Arte que teve ao longo da sua história vários mestres,mas teve em Ginchin Funakoshi o seu maior divulgador. Funakoshi foi aluno direto de Yasutsume Azato um dos maiores mestres de Okinawa. Os treinamentos nesta época eram feitos a noite de forma secreta pois eram proíbidos.O treinamento era denominado pelo mestre Azato de “Hito Kata San Nen” que significa um kata em três anos.


Guinchin Funakoshi

Os primeiros contatos com o Karate

Gichin Funakoshi nasceu em Shuri, Okinawa, em 1868, o mesmo ano da Restauração Meiji.


Funakoshi era filho único e logo após seu nascimento foi levado para a casa dos avós maternos, onde foi educado e aprendeu poesia clássica chinesa. Algum tempo depois ele começou afreqüentar a escola primária, onde conheceu outro garoto de quem ficou muito amigo. Esse garoto era filho de Yasutsune Azato, um dois maiores especialistas de Okinawa na arte do Karate, e membro de uma família das mais respeitadas. Logo Funakoshi começou a tomar suas primeiras lições de Karate.

Como na época a prática de artes marciais era proibida em Okinawa, os treinos eram realizados à noite, no quintal da casa de mestre Azato. Lá ele aprendia a socar, chutar e mover-se conforme os métodos praticados naqueles dias. O treinamento era muito rigoroso. Mestre Azato tinha uma filosofia de treinamento que se chamava “Hito Kata San Nen”, ou seja, “um kata em três anos”. Funakoshi estudava cada kata a fundo e, só então quando autorizado pelo seu mestre, seguia para o próximo…

Enquanto praticava no quintal de Azato com outros jovens, outro gigante do Karate, mestre Itosu, amigo de Azato, aparecia e observava-os treinando kata, fazendo comentários sobre suas técnicas. Era uma rotina dura que terminava sempre de madrugada sob a disciplina rígida de mestre Azato, do qual o melhor elogio se limitava a uma única palavra: “Bom!”. Após os treinos, já quase ao amanhecer, Azato falava sobre a essência do Karate.

Após vários anos, a prática do Karate deu grande contribuição para a saúde de Funakoshi, que fora uma criança muito frágil e doentia. Ele gostava muito do Karate, mas como não pensava que pudesse fazer dele uma profissão, inscreveu-se e foi aceito como professor de uma escola primária em 1888, aos 21 anos, aproveitando toda a cultura adquirida desde a infância quando seus avós lhe ensinavam os Clássicos Chineses. Esta deveria ser sua carreira a partir de então.
ShihanNishiyama-abertura


“Shihan Hidetaka Nishiyama Maior Autoridade Mundial do Karatê-Dô Tradicional” in memoriam - 1928/2008

Ensinamentos de Ginchin Funakoshi:

1-O Karatê – Do inicia e termina em saudações.

2-No Karate- Do não existe golpe de agressão.

3-O Karate-Do apoia o caminho da razão.

4-A princípio lapidar o espírito,depois a técnica

5- Conheça a si próprio antes de julgar os outros.

6-Evitar o descontrole do equilíbrio mental.

7-A falha surge com a acomodação mental e física.

9-A essência do Karate-Do se descobre no decorrer da vida.

10-O Karate- Do dará frutos quando associado a vida cotidiana.

11-O Karate-do é igual a água quente ,se não receber o calor constante ela esfria.

12-Não pense em vencer, mas pense em derrota.

13-Mude a posição conforme o tipo do adversário.

14-A luta depende do bom manejo da teoria ying (negativo) yang (positivo).

15-Imagine que seus membros são espadas.

16-Para o homem que sai do seu portão, existem milhões de de adverssários.

17-No princípio seus movimentos são artificiais, mas com a evolução tornam-se naturais.

18-A prática de fundamentos deve ser correta, enquanto em uso, torna-se diferente.

19-Domínio do seu corpo na coordenação,na força, na velocidade e elasticidade.

20-Estudar, criar e aperfeiçoar-se constantemente. 21-O Karate-Do não se limita apenas a academia.
Entre e conheça mais sobre o Karate Do:


O Karate começa a ser ensinado nas escolas de Okinawa


Em 1902, durante a visita de Shintaro Ogawa, que era então inspetor escolar da prefeitura de Kagoshima, à escola de Funakoshi em Okinawa, foi feita uma demonstração de Karate. Funakoshi impressionou bastante devido ao seu status de educador. Ogawa ficou tão entusiasmado que escreveu um relatório ao Ministério da Educação elogiando as virtudes da arte. Foi então que o treinamento de Karate passou a ser oficialmente autorizado nas escolas. Até então o Karate só era praticado atrás de portas fechadas, o que no entanto não significava que fosse um “segredo”.

As casas em Okinawa eram muito próximas umas das outras, e tudo que era feito numa casa era conhecido pelas casas adjacentes. Enquanto muitos autores pregam o Karate como sendo um segredo àquela época, não era exatamente isso o que se encontrava na prática. O Karate era “oficialmente” secreto…


Contra os pedidos de muitos dos mestres mais antigos de Karate que não eram a favor da divulgação da arte, Funakoshi trouxe o Karate até o sistema público de ensino, com a ajuda de Itosu (foto ao lado). Logo as crianças de Okinawa estavam aprendendo kata como parte das aulas de Educação Física. A redescoberta da herança étnica em Okinawa virou moda, e as aulas de Karate em Okinawa eram vistas como uma coisa legal.

Alguns anos depois, o Almirante Rokuro Yashiro assistiu a uma demonstração de kata. Essa demonstração foi feita por Funakoshi junto com uma equipe composta por seus melhores alunos. Enquanto ele narrava, os outros executavam kata, quebravam telhas, e geralmente chegavam ao limite de seus pequenos corpos. Funakoshi sempre enfatizava o desenvolvimento do caráter e a disciplina nas suas narrações durante essas demonstrações. Quando ele participava, gostava de executar o kata Kanku Dai, o maior do Karate, e talvez o mais representativo. Yashiro ficou tão impressionado que ordenou a seus homens que iniciassem o aprendizado na arte.

sul de okinawa


Em 1912, a Primeira Esquadra Imperial da Marinha ancorou na Baía de Chujo, sob o comando do Almirante Dewa, que selecionou doze homens da sua tripulação para estudarem Karate durante uma semana.

Foi graças a esses dois oficiais da Marinha que o Karate começou a ser comentado em Tokyo. Os japoneses que viam essas demonstrações levavam as histórias sobre o Karate consigo quando voltavam ao Japão. Pela primeira vez na sua história, o Japão acharia algo na sua pequena possessão de Okinawa além de praias bonitas e o ar puro.

O Karate chega ao Japão


Príncipe Herdeiro Hirohito

Funakoshi pretendia retornar logo para Okinawa mas, depois da exibição, ele foi cercado de pedidos para ficar no Japão ensinando Karate.


Uma das pessoas que pediu para que ele ficasse foi Jigoro Kano (foto ao lado), o fundador do Judo e presidente do Instituto Kodokan. Funakoshi resolveu ficar mais alguns dias para fazer demonstrações de suas técnicas no próprio Kodokan.

Algum tempo depois, quando se preparava novamente para retornar à Okinawa, foi visitado pelo pintor Hoan Kosugi, que já tinha assistido a uma demonstração de Karate em Okinawa e pediu que ele lhe ensinasse a arte. Mais uma vez sua volta foi adiada.

Funakoshi percebeu então que se ele quisesse ver o Karate propagado por todo o Japão ele mesmo teria que fazê-lo. Por isso resolveu ficar em Tokyo até que sua missão fosse cumprida.

No Japão, Funakoshi foi ajudado por Jigoro Kano, o homem que reuniu vários estilos diferentes de Jujutsu para fundar o Judo. Kano tornou-se amigo íntimo de Funakoshi, e sem sua ajuda nunca teria havido Karate no Japão. Kano o introduziu às pessoas certas, levou-o às festas certas, caminhou com ele através dos círculos sociais da elite japonesa. Mais tarde naquele ano, as classes mais altas dos japoneses se convenceram do valor do treinamento do Karate.

Funakoshi fundou um dojo de Karate num dormitório para estudantes de Okinawa, em Meisei Juku. Ele trabalhou como jardineiro, zelador e faxineiro para poder se alimentar enquanto ensinava Karate à noite.
O primeiro livro


Em 1922, a pedido do pintor Hoan Kosugi, Funakoshi publicou seu primeiro livro: “Ryukyu Kenpo Karate”, um tratado nos propósitos e prática do Karate. Na introdução daquele livro ele já dizia que “…a pena e a espada são inseparáveis como duas rodas de uma carroça”. O grande terremoto de Kanto em 1º de setembro de 1923 destruiu as placas de seu livro, e levou144alguns de seus alunos com ele. Ninguém morreu com o tremor, os incêndios que provocaram as mortes. O terremoto ocorreu durante a hora do almoço, no momento em que cada fogão a gás no Japão estava ligado. Os incêndios que ocorreram a seguir eram monstruosos, e maioria da vidas perdidas se deveu ao fogo. Este livro teve grande popularidade e foi revisado e reeditado quatro anos após o seu lançamento, com o título alterado para: “Rentan Goshin Karate Jutsu”.

Em 1925, Funakoshi começou a pegar alunos dos vários colégios e universidades na área Metropolitana de Tokyo e nos anos seguintes esses alunos começaram a fundar seus próprios clubes e a ensinar Karate a estudantes destas escolas. Como resultado, o Karate começou a se espalhar por Tokyo. No início da década de 30 haviam clubes de Karate em cada universidade de prestígio de Tokyo. Mas por que estava Funakoshi conseguindo tantos jovens interessados em Karate desta vez? O Japão estava fazendo uma Guerra de Colonização na Bacia do Pacífico. Eles invadiram e conquistaram a Coréia, Manchúria, China, Vietnã, Polinésia, e outras áreas. Jovens a ponto de irem para a guerra vinham a Funakoshi para aprender a lutar, assim eles poderiam sobreviver ao recrutamento nas Forças Armadas Japonesas. O seu número de alunos aumentou bastante.

Por volta de 1933, Funakoshi desenvolveu exercícios básicos para prática das técnicas em duplas. Tanto o ataque de cinco passos (Gohon Kumite) como o de um (Ippon Kumite) foram usados. Em 1934, um método de praticar esses ataques e defesas com colegas de um modo levemente mais irrestrito, semi-livre (Ju Ippon Kumite), foi adicionado ao treinamento. Finalmente, em 1935, um estudo de métodos de luta livre (Ju Kumite) com oponentes finalmente tinha começado. Até então, todo Karate treinado em Okinawa era composto basicamente de kata. Isso era tudo. Agora, os alunos poderiam experimentar as técnicas dos kata uns com os outros sem causar danos sérios.

Neste mesmo ano de 1935, foi publicado seu próximo livro: “Karate-Do Kyohan”. Este livro trata basicamente dos kata.



Uma reforma no Karate


Lao Tzu

Em 1936, Funakoshi mudou os caracteres Kanji utilizados para escrever a palavra Karate. O caracter “Kara” significava “China”, e o caracter “Te” significava “Mão”. Para popularizar mais a arte no Japão, ele mudou o caracter “Kara” por outro, que significa “Vazio”. De “Mãos Chinesas” o Karate passou a significar “Mãos Vazias”, e como os dois caracteres são lidos exatamente do mesmo jeito, então a pronúncia da palavra continuou a mesma. Além disso, Funakoshi defendia que o termo “Mãos Vazias” seria o mais apropriado, pois representa não só o fato de o Karate ser um método de defesa sem armas, mas também representa o espírito do Karate, que é esvaziar o corpo de todos os desejos e vaidades terrenos. Com essa mudança, Funakoshi iniciou um trabalho de revisão e simplificação, que também passou pelos nomes dos kata, pois ele também acreditava que os japoneses não dariam muita atenção por qualquer coisa que tivesse a ver com o dialeto caipira (interiorano) de Okinawa. Por isso ele resolveu mudar não só nome da arte mas também os nomes dos kata. Ele estava certo, e seus número cresceram mais ainda.

Funakoshi tinha 71 anos em 1939, e foi quando ele deu o primeiro passo dentro de um Dojo de Karate em 29 de Janeiro. O prédio foi feito de doações particulares, e uma placa foi pendurada sobre a entrada e dizia: “Shotokan”. “Sho” significa pinheiro. “To” significa ondas ou o som que as árvores fazem quando o vento bate nelas. “Kan” significa edificação ou salão. “Shoto” era o pseudônimo que Funakoshi usava para assinar suas caligrafias quando jovem, pois quando ele ia escrevê-las se recolhia em um lugar mais afastado, onde pudesse buscar inspiração, ouvindo apenas o barulho do pinheiros ondulando ao vento. Esse nome dado ao Shotokan Karate Dojo foi uma homenagem de seus alunos.


A Segunda Guerra Mundial


Com a eminência de uma guerra pairando no ar, a necessidade de treinamento nas artes militares estava em crescimento. Jovens estavam se amontoando nos dojos, vindos de todas as partes do Japão. O Karate foi de carona nessa onda de militarismo e estava desfrutando de uma aceitação acelerada como resultado.

Finalmente, no dia 7 de dezembro de 1941, o Japão comete seu grande erro. O bombardeio das forças navais americanas em Pearl Harbor fora a gota d’água. Numa tentativa de prevenir que as embarcações americanas bloqueassem a importação japonesa de matéria-prima, os japoneses tentaram remover a frota americana e varrer a influência ocidental do próprio Oceano Pacífico. O plano era bombardear os navios de guerra e os porta-aviões que estavam no território do Hawaii. Isto deixaria a força da América no Pacífico tão fraca que a nação iria pedir a paz para prevenir a invasão do Hawaii e do Alasca. Infelizmente, o pequeno Japão não tinha os recursos, força humana, ou a capacidade industrial dos Estados Unidos. Com uma mão nas costas, os americanos destruíram completamente os japoneses na Ásia e no Pacífico.

Uma das vítimas dos ataques aéreos foi o Shotokan Karate Dojo que havia sido construído em 1939. Com a América exercendo pressão em Okinawa, a esposa de Funakoshi finalmente iria deixar a ilha e juntar-se a ele em Kyushu no Sul do Japão. Eles ficaram lá até 1947.

Os americanos destruíram tudo que estava em seu caminho. As ilhas foram bombardeadas do ar, todas as cidades queimadas até o fim, as colinas crivadas de balas pelos cruzadores de guerra de longe da costa, e então as tropas varreram através da ilha, cercando todo mundo que estivesse vivo. A era dourada do Karate em Okinawa tinha acabado. Todas as artes militares haviam sido banidas rapidamente pelas forças americanas.

Primeiro uma, depois outra bomba atômica explodiram sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki. Três dias depois, bombardeiros americanos sobrevoaram Tokyo em tal quantidade que chegaram a cobrir o Sol. Tokyo foi bombardeada com dispositivos incendiários. Descobrindo que o governo do Japão estava a ponto de cometer um suicídio virtual sobre a imagem do Imperador, cartas secretas foram passadas para os japoneses garantindo sua segurança se eles assinassem sua “rendição incondicional”. O Japão estava acabado, a Guerra do Pacífico também, mas o pesadelo de Funakoshi ainda havia de acabar.
A morte de Yoshitaka

Foi então que Gigo (foto ao lado), também conhecido como Yoshitaka, dependendo como se pronuncia os caracteres de seu nome, filho de Funakoshi, um jovem e promissor mestre de Karate no seu próprio direito, aquele que Funakoshi estava contando para substituí-lo como instrutor do Shotokan, pegou tuberculose em 1945 e veio a falecer enquanto teimosamente tradition_Funakoshirecusa-se a comer a ração americana dada ao povo faminto.

Funakoshi e sua esposa tentaram viver em Kyushu, uma área predominantemente rural, sob a ocupação americana no Japão mas, em 1947, ela morre, deixando Funakoshi retornar a Tokyo para reencontrar seus alunos de Karate que ainda viviam. Depois que a guerra havia acabado, as artes militares haviam sido completamente banidas. Entretanto, alguns dos alunos de Funakoshi tiveram sucesso em convencer as autoridades que o Karate era um esporte inofensivo. As autoridades americanas concederam, mais por causa que naquela época eles não tinham idéia do que Karate fosse. Além disso, alguns homens estavam interessados em aprender as artes militares secretas do Japão, então as proibições foram eliminadas completamente em 1948.

Em maio de 1949, os alunos de Funakoshi movem-se para organizar todos os clubes de Karate universitários e privados numa simples organização, e eles a chamaram de Nihon Karate Kyokai (Associação Japonesa de Karate). Eles nomearam Funakoshi seu instrutor chefe. Em 1955, um dos alunos de Funakoshi consegue arranjar um dojo para a NKK.

Uma lição para o mundo

Em 1957, Funakoshi tinha 89 anos de idade. Ele foi um professor de escola primária e um professor de Karate. Ele se mudou para o Japão em 1922 (o que não é um pequeno ato de coragem) e trouxe consigo o Karate, dando ao Japão algo de Okinawa com seu próprio jeito pacifista. No processo, ele perdeu um filho, sua esposa, o prédio que seus alunos fizeram para ele, seu lar, e qualquer esperança de uma vida pacífica. Ele suportou uma Guerra Mundial que resultou em calamidade nacional, e ele treinou seus jovens amigos e conheceu suas famílias apenas para vê-los irem lutar e serem mortos pelas forças invencíveis dos Estados Unidos. Ele viu o Japão queimar, ele viu os antigos templos e santuários serem totalmente aniquilados, ele viu bombardeiros enegrecerem o Sol, e ele viu como um pilar de fumaça negra subia de cada cidade no Japão e envenenava o ar que ele respirava. Ele viu o Japão cair da glória para uma nação miserável, dependendo de suprimentos de comida e roupas dos seus conquistadores. O cheiro da fumaça e o cheiro dos mortos, os berros daqueles que foram deixados para morrer lentamente, o choro das mães que perderam seus filhos e esposas que nunca mais iriam ver seus maridos, o medo, o ruído ensurdecedor dos B-29’s voando sobre sua cabeça aos milhares, os clarões como os de trovões por todo o país quando as bombas explodiam em áreas residenciais, os flashes de luz na escuridão, a espera no rádio para poder ouvir a voz do Imperador pela primeira vez, somente para anunciar a rendição, a humilhação de implorar comida aos soldados. Intermináveis funerais, famílias arruinadas e lares destruídos…

A lição mais importante que ele nos ensinou está expressa na história do modo que ele passou pelo dojo principal de Jigoro Kano, o fundador do Judo. Caminhando pela rua, ele parou e fez uma pequena prece quando passou pelo Kodokan. E, se estivesse dirigindo um carro, ele tiraria seu chapéu quando passasse pelo Kodokan. Seus alunos não entenderam porque ele estaria rezando pelo sucesso do Judo. Ele explicou: “Eu não estou rezando pelo Judo. Eu estou oferecendo uma prece em respeito ao espírito de Jigoro Kano. Sem ele, eu não estaria aqui hoje”.

Gichin Funakoshi, o “Pai do Karate Moderno”, faleceu no dia 26 de abril de 1957. No seu túmulo está gravada sua célebre frase: “Karate Ni Sente Nashi”. O monumento (foto ao lado) está localizado no Templo Engakuji na cidade de Kamakura, Japão.
Dojo Kun (Ensinamentos do Karate Do tradicional)

dojokun


HITOTSU – JINKAKU KANSEI NI TSUTOMURU KOTO

Esforçar-se para formação do caráter!

HITOTSU – MAKOTO NO MICHI O MAMORU KOTO

Ser fiel ao verdadeiro caminho da razão!

HITOTSU – DORYOKU NO SEISHIN O YASHINAU KOTO

Criar o intuito de esforço!

HITOTSU – REIGI O OMONZURU KOTO

Respeitar, acima de tudo!

HITOTSU – KEKKI NO YU O IMASHIMURU KOTO

Reprimir o espírito de agressão!


Matéria sobre Gichin Funakoshi retirada do site da Budokan Karate – http://www.budokan.com.br

karate

Publicado em 30 30 UTC Setembro 30 UTC 2009 de 21:23 e arquivado sobre Artes Marciais com as tags Budokan Karate Do, ensinamentos Ginchin Funakoshi, Ginchin Funakoshi, Karate Do, Okinawa, Yoshitaka. Você pode acompanhar qualquer resposta por meio do RSS 2.0 feed. Você pode deixar uma resposta, ou trackback do seu próprio site.

Esse post foi retirado do Blog do Aido Bonsai

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A bike venceu em São Paulo...

Deu no Bom Dia Brasil(Rede Globo), que a bike foi mais rápida, vejam a notícia(http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1311636-16020,00-BICICLETA+VENCE+DESAFIO+DE+TRANSPORTES+EM+SAO+PAULO.html):

21/09/09 - 07h56 - Atualizado em 21/09/09 - 09h50

Bicicleta vence desafio de transportes em São Paulo

Na hora do rush, qual meio de transporte chega mais rápido? Venceu quem escolheu a opção mais ecológica.
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Um problema afeta milhares de pessoas e causa muito transtorno nas grandes cidades do mundo: o trânsito. Horas de muito aborrecimento podem causar danos à saúde.

Você já imaginou viver sem carro? É um desafio, e São Paulo fez o teste. Na hora do rush, quem chega mais rápido? Teve passageiro em todos os meios de transporte. E o resultado foi surpreendente.


O vencedor até que já era esperado: deu bicicleta de novo. Mas o que não se esperava é que o helicóptero ficasse para trás. E que até o patinete chegasse antes do carro.


O paulistano passa tanto tempo parado no trânsito que começa a desenvolver problemas de saúde, principalmente na coluna. E já tem médico dando dicas para melhorar a postura.

São Paulo também pode ser chamada de Cidade Luz - imagem poética e caótica. “Não dá mais. A qualquer hora, durante 24 horas, São Paulo está parada”, critica a gerente de bistrô Rita de Cássia Machado.

Uma pesquisa feita pelo Movimento Nossa São Paulo confirma que a população está insatisfeita com o trânsito. Para 47% dos entrevistados, ele é “péssimo”.

Dá até tempo de fazer um espetáculo só para os motoristas presos no congestionamento. O número de pessoas que têm carros aumentou. Metade dos entrevistados na pesquisa possui um ou mais veículos na garagem, mas, se houvesse uma boa alternativa de transporte público, a grande maioria deixaria de usar o carro. “Eu deixaria o carro em casa, com uma boa alternativa, com certeza”, comenta a jovem.

O desespero é tamanho que os paulistanos lançaram um desafio curioso. Como parte das atividades até o Dia Mundial sem Carro, fizeram uma competição entre os meios de transporte. Cada participante escolheu um jeito de chegar da Zona Sul até a prefeitura, no Centro da cidade.
Valia ir de ônibus, metrô, carro, moto, bicicleta, a pé caminhando, correndo e até de helicóptero.

Todos esperavam que o helicóptero chegasse primeiro, mas surpreendentemente a bicicleta foi mais veloz. O ciclista fez em 22 minutos e chegou cansado. “A bike é barata e desloca de um ponto para outro de maneira mais eficiente”, afirma o administrador de empresas Ricardo Bruns.

Em seguida, chegou uma moto, mais um ciclista e, acredite, só depois surgiu no céu da cidade o quarto colocado. “Outras modalidades que ninguém acreditava, na competição com helicóptero, acabaram vencendo. Este é um sinal de que a bicicleta é sim uma opção para a cidade de São Paulo”, diz o jornalista Milton Jung

O rapaz que foi correndo conseguiu chegar 16 minutos antes que o carro.

O paulistano fica em média 2 horas e 43 minutos por dia no carro. Além da falta de paciência e do estresse, motoristas e passageiros acabam tendo problemas de coluna. Algumas dicas são fundamentais para quem passa esse tempo dentro de um veículo.

O motorista não deve ter que esticar as pernas para alcançar os pedais. As pernas devem ficar dobradas em um ângulo de 90º e 95º. E os calcanhares devem estar sempre apoiados no chão.

O motorista Cícero Gregório Bernardes é motorista de ônibus. Ele está de licença médica, porque precisou operar a coluna. “A gente nunca tem aquela postura que deveria ter. A gente trabalha dez ou nove horas por dia. Então, não tem jeito”, reconhece.

Sentar no carro do jeito certo diminui os riscos. Segundo o ortopedista Etevaldo Coutinho, especialista em coluna , a posição correta é estar com as duas mãos no volante, e o cotovelo levemente refletido. Dirigir com os braços esticados pode trazer traumatismo e fraturas..

O helicóptero perdeu para a bicicleta, porque o percurso incluiu o deslocamento até o heliponto e a espera pela liberação da torre de controle.

Em uma escala de um a dez, os paulistanos deram nota três de média para a situação do trânsito da cidade. Para 67% dos entrevistados, os investimentos feitos para melhorar a circulação na capital deveriam priorizar a ampliação e modernização das linhas de metrô, trem e ônibus.
No site da Globo tem o vídeo 


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Uma bike que desmonta...

Hoje, com boa parte da população morando em apartamentos(apertamentos) e com dificuldades para guardar a "magrela", surge uma possibilidade: uma bike que desmonta e cabe numa caixa.

"O designer mexicano, Victor M. Aleman teve a preocupação de pensar num meio de transporte limpo bem conhecido de nós, e adicionou-lhe algo que o pode tornar mais apelativo: portabilidade. A proposta é uma bicicleta batizada de "Eco // 07", e que possui uma estrutura em triângulo composta de módulos expansíveis. Estes, podem ser reduzidos a dimensões bem mais pequenas quando não estão em utilização" (blog OBVIOUS).

 
Vejam como a bike fica depois de desmontada.

 
  
  
  
  
  
  
  
   Resta saber quanto tempo é necessário para montar e desmontar, o peso e a facilidade(ou dificuldade) em realizar o desmonte.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

GOVERNO DE TODOS?

Direto do blog do sinte:
Sindicato fala em retomar a greve e Governo já admite erro
A coordenadora geral do Sinte-RN professora Fátima Cardoso comunicou à Secretaria de Educação, hoje pela manhã, da possibilidade de retomada da greve por causa do descumprimento dos termos negociados na última greve. 
A repercussão junto aos representantes do Governo foi imediata: em contato com o servidor Laércio, responsável pela implementação da folha de pagamento, o chefe de pessoal da SEEC, Pedro Guedes, recebeu a informação de que havia ocorrido um erro.  Ele informou que a implementação do Piso deveria realmente ser escalonada de acordo com os níveis e não apenas para o nível médio, como ocorreu.
Assim sendo, volta o critério de pagamento de acordo com o quinquênio.  Contudo, segundo Pedro Guedes, a forma de correção do erro só poderia ser definida na próxima segunda-feira. 
Fátima Cardoso ressalta que a informação está sendo vista com desconfiança pela direção do Sindicato.  “Foram tantas manobras e mentiras que fica difícil acreditar nessas conversas”, ressalta Fátima.   Amanhã haverá reunião da Diretoria Estadual do Sinte-RN para decidir as ações que deverão ser executadas.




Governo Vilma manipula dados e aplica golpe contra a educação
Está confirmado: a antecipação do Piso Nacional, foi feita levando em conta a remuneração bruta, ou seja, só teve direito a antecipação o professor que tem um salário bruto de até R$ 720,00.  A informação foi confirmada pelo chefe de pessoal da SEEC, Pedro Guedes a uma comissão do Sinte-RN formada pelos diretores Canindé Silva, Janeayre Souto, Francineide Gomes e Vera Lúcia.
A direção do Sindicato rechaçou de imediato a mudança de úlitma hora.  Para o Sinte-RN trata-se de mais um golpe do Governo contra os compromissos negociados na última greve.  A diretora Janeayre Souto lembrou que, mesmo com a direção do Sindicato sendo contrária, o governo estadual fincou pé e determinou que a antecipação do Piso Nacional só levaria em conta o quinquênio de cada professor.  “Em nenhum momento o governo falou em remuneração bruta”, lembrou Janeayre.
Para a Secretaria de Educação o governo está cumprindo o compromisso uma vez que o piso está sendo pago como complemento salarial dentro do contracheque, já que não é visto como vencimento.  “O Piso Nacional, só será pago como vencimento no RN, quando sair sentença final do Supremo Tribunal Federal”, .ressaltou Pedro Guedes.
Neste momento, a direção do Sindicato está reunida com a Assessoria Jurídica para avaliar o quadro e tomar as decisões cabíveis.  Não está descartada o retorno da greve.
FONTE: http://grevedaeducacao.zip.net/index.html

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ele não consegue parar de correr

Ele não consegue parar de correr
 Matéria da revista Época no site http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI90521-15224,00-ELE+NAO+CONSEGUE+PARAR+DE+CORRER.html 


Ele não consegue parar de correr
Dean Karnazes, um mito que superou todos os padrões humanos nas corridas de longa distância, ainda não encontrou seu limite
Francine Lima
Os médicos dizem que, para ser saudável, é preciso seguir uma dieta equilibrada e fazer exercícios regularmente, sem exageros para não se machucar. Atletas de ponta não são os melhores exemplos de saúde, já que costumeiramente extrapolam seus limites e estouram um joelho aqui, quebram uma clavícula ali. O ultramaratonista americano Dean Karnazes, um dos atletas mais impressionantes da atualidade, não liga para o que dizem os médicos. E tem uma saúde de ferro. Entre as proezas – ou maluquices – do superatleta está uma sequência de 50 maratonas (42 quilômetros cada uma) que ele correu em 50 dias consecutivos, em 50 cidades dos Estados Unidos. Maratonistas precisam de alguns dias para se recuperar de uma prova antes de voltar aos treinos. Karnazes não apenas desrespeitou o período de descanso. Ele dormiu as 50 noites em poltronas de ônibus nas viagens entre uma cidade e outra. “Não era o ideal, mas não havia outra escolha”, diz. Karnazes foi o primeiro homem a correr uma maratona no Polo Sul, a 40 graus negativos.
No dia 12 de setembro, o corredor vem ao Brasil para o Desafio Dean Karnazes 24 horas, uma corrida de um dia inteiro que ele vai fazer com atletas brasileiros e convidados por ruas e parques de quase meia cidade de São Paulo. O percurso, de 130 quilômetros, quase não é um desafio perto das provas que ele já venceu. Por exemplo, a Ultramaratona de Badwater, de 217 quilômetros, a uma temperatura de 50 graus. Ou os 563 quilômetros que ele correu durante três dias e três noites, sem descanso. O senso comum diria que Karnazes é um ser humano anormal. Ele diz que apenas faz o que mais gosta de fazer: correr até o corpo dizer “chega”.
Karnazes completou 46 anos no dia 23 de agosto. Seus joelhos, segundo ele próprio, continuam tão intactos quanto os de um adolescente. Ele tem apenas 3% de gordura corporal (atletas de elite costumam ter entre 6% e 8%), e os exames mostram um nível de colesterol abaixo de 100 (menos de 200 já é considerado ótimo). Para ele, continuar inteiro depois de tanto sacrifício só aumenta a vontade de duvidar que já tenha ido longe demais.
A rotina de Karnazes, por si só, choca. Ele dorme cerca de quatro horas por noite, s para suas atividades caberem no dia. Acorda de madrugada, entre 3h30 e 4 horas, e corre uma maratona por ruas e estradas que partem de São Francisco, na Califórnia, onde mora. Volta para casa pouco depois do nascer do sol e prepara o café da manhã para a mulher e os dois filhos, os “Karno kids”. Para ele, uma tigela bem grande de iogurte integral com granola resolve. No fim da tarde, Karnazes faz mais uma corridinha de 10 quilômetros e termina o dia planejando a pernada do dia seguinte.
Haja energia para tanta corrida. Uma pessoa normal deve comer entre 2.000 e 2.500 calorias por dia para suprir suas necessidades diárias e não engordar. O nadador olímpico Michael Phelps precisa de 12.000 calorias para sustentar sua rotina de treinos. Karnazes come apenas alimentos orgânicos e integrais no dia a dia. Mas, durante suas corridas de longuíssima duração, ataca pizzas, cheesecakes, confeitos de chocolate e qualquer outro tipo de alimento hipercalórico para abastecer a fornalha em que seu organismo se transforma. Numa prova de 46 horas, ele ingeriu 28.000 calorias. É o que uma pessoa normal consome em duas semanas de refeições balanceadas.
Karnazes se diz introvertido. Nada que o impeça de partilhar suas experiências em palestras e livros. Seu segundo livro, 50 maratonas em 50 dias (Editora Leblon), está saindo agora em português. Ele diz que prefere os momentos em que fica sozinho: quando escreve e (claro) quando corre. “Adoro escrever, pelo mesmo motivo pelo qual gosto de correr. Ambos requerem foco, comprometimento, dedicação e sacrifício.”

ENTREVISTA
Dean Karnazes
“Relaxar me deixa estressado”
Corredor incansável, o ultramaratonista americano revela por que insiste em fazer o que o bom senso manda evitar
ÉPOCA – Em que situação você já percebeu que não poderia ir tão longe quanto gostaria?
Dean Karnazes –
Foi no Vale da Morte, um deserto nos Estados Unidos. Eu pretendia correr 220 quilômetros a 55 graus célsius. Lá pelo 140o quilômetro, caí exausto. Mesmo tomando líquido constantemente é difícil evitar a desidratação. Eu tentei continuar, mas fiquei muito mal. Desmaiei e fui parar num hospital. Achei glorioso. Porque pensei: eu fracassei. E fracassar é bom porque, a menos que você fracasse, você não sabe até onde é capaz de ir.

ÉPOCA – Sua resistência é milagrosa?
Karnazes –
Não. As pessoas olham para mim e atletas como o Lance Armstrong e pensam que a gente é uma espécie de super-herói ou tem algum tipo de dom: “O Lance tem o maior coração do mundo, o Dean tem um corpo perfeito para a corrida”. Digo a elas que tenho o que todo mundo tem e que qualquer um poderia fazer o que eu faço se gostasse de correr tanto quanto eu gosto.

ÉPOCA – Quem manda evitar os riscos que você enfrenta está errado?
Karnazes –
Como eu posso correr 250 quilômetros sem parar, no final sentir que não posso mais mover um músculo e, cinco minutos depois, retomar a corrida com mais 50 quilômetros? Seria porque existe algo em nossa mente com um potencial enorme que nós não entendemos? Daqui a uma ou duas décadas saberemos infinitamente mais sobre o corpo humano que hoje.

ÉPOCA – Você não tem medo de morrer no meio do caminho?
Karnazes –
Não. Eu preferiria morrer forçando meu corpo a morrer num acidente de carro ou de câncer. Se você vive sua vida ao máximo de sua habilidade, não há por que temer a morte.

ÉPOCA – Quando você começou a se sentir atraído pelo perigo?
Karnazes –
Lá pelos 6 anos. Eu corria cerca de 2 quilômetros da escola para casa, sozinho, em vez de pegar o ônibus ou esperar meus pais. Eles ficaram preocupados de início, mas acho que sempre me viram como um espírito livre que eles não necessariamente poderiam controlar.

ÉPOCA – Você tira férias?
Karnazes –
Depende de como você define férias. Vou com a família para o Havaí, mas vou competir lá. Viajar só para relaxar, não. Relaxar me deixa estressado.
 Reprodução
É o que ele corre diariamente, em dois períodos. A primeira parte, de 42 km, é de madrugada, antes do café da manhã Distância que ele vai percorrer em 24 horas na cidade de São Paulo em setembro. Confira o trajeto no mapa abaixo Percurso da Ultramaratona de Badwater, uma das provas mais difíceis que ele venceu. A temperatura era de 50 graus A corrida mais longa já cumprida por Karnazes. É quase a distância entre São Paulo e Belo Horizonte

 Reprodução

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Fantástico encontra Belchior no Uruguai


Deu no site do Jornal Tribuna do Norte, o Fantástico encontrou o cantor desaparecido:
"O cantor foi encontrado num vilarejo de San Gregorio de PolancoAcabou o mistério. O Fantástico encontrou num vilarejo de San Gregorio de Polanco, no Uruguai, o cantor e compositor cearense Belchior, autor de clássicos da MPB como “Medo de Avião”, “Todo Sujo de Baton”, “Paralelas” e “Como Nossos Pais”.

De acordo com reportagem exibida no domingo passado, Belchior deixou para traz dois carros, o ateliê que usava como escritório e uma conta de R$ 18 mil num flat em São Paulo e desapareceu. No flat foram encontrados carteira de identidade, passaporte do Mercosul, título de eleitor, talões de cheque e sete suspensórios do cantor

No meio da semana, a Agência Estado publicou reportagem com Ângela, a ex-mulher que acionou a justiça para obrigá-lo a pagar pensão alimentícia dos dois filhos. Além disso, pediu o pagamento de uma dívida acumulada de quase R$ 100 mil.

A repórter Sônia Bridi entrevistou o cantor na cabana em que ele mora."
Fonte: http://tribunadonorte.com.br/noticia/fantastico-encontra-belchior-no-uruguai/123952

sábado, 29 de agosto de 2009

CORRIDA 10K NATAL (10KM E 5KM)

Para você que gosta de correr, o site do Diário de Natal está disponibilizando as inscrições para a corrida de rua 10K NATAL:

INSCRIÇÕES LIMITADAS
As vantagens de correr o 10K Natal começam no ato da inscrição, que acontece neste site criado exclusivamente para o evento, onde o atleta realiza a sua inscrição no conforto da sua casa. As inscrições podem ser pagas direto pela Internet através de boleto bancário, o prazo é até o dia 10 de setembro ou até atingir o número de 2.000 inscritos.
PERCURSO
O percurso da corrida é num eixo tradicional da cidade, torna-se um passeio agradável pelos pontos mais aconchegantes de  dois dos bairros mais charmosos de Natal: Petrópolis e Tirol. Todo o trajeto é sinalizado, com placas de quilometragem, pontos para hidratação, segurança e serviço médico fixo e de percurso.
INTEGRAÇÃO
A corrida proporciona a integração dos atletas, com todos correndo por um objetivo comum. A festa da largada, a emoção da chegada, a espera ansiosa pelos vencedores, fazem da prova um momento único entre atletas, familiares e amigos.
SEGURANÇA
Infra-estrutura de apoio adequado, largada e chegada realizadas em frente a Praça Cívica, com o transito de veículos bloqueado e faixa exclusiva sinalizada por todo o percurso, proporcionando segurança e comodidade para que os atletas desfrutem do evento sem preocupação.
KIT ATLETA
O kit atleta será composto por uma regata dry fit, número de peito, chip eletrônico individual, lanche e água durante todo o percurso.
PREMIAÇÃO
A corrida 10K Natal oferece a seguinte premiação: medalhas personalizadas que farão a festa de todos os participantes, corredores profissionais e amadores.
E para as primeiras colocações no percurso de 10k, nas categorias masculino e feminino, serão oferecidos troféus e valores em reais, sendo um total de R$ 12.000,00. As demais categorias ganharão troféus para as primeiras colocações!
FONTE: http://www.10knatal.com.br/home/index.php

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Bicicletada de Agosto - rumo à Ponta Negra - Morro do Careca!

 

 


A Bicicletada de agosto será no domingo, dia 30. Nos concentramos em frente ao IFRN (antigo CEFET) às 15h para sairmos de lá às 16h. Então cheguem cedo, porque antes da saída temos um momento de alongamento e ainda um momento de informes e orientações importantes da Bicicletada!

Dessa vez iremos em direção ao Morro do Careca! A idéia se deve ao simbolismo do Morro, que representa a cidade. Iremos para lá com a Bandeira da Bicicletada e simbolicamente "conquistar" a cidade! Além do que, o percurso é belíssimo e poderemos aproveitar bastante.

O percurso será o seguinte:

IDA.: IFRN -> Av.Sen.Salgado Filho -> BR 101 -> Viaduto PN -> Av.Eng.Roberto Freire -> Morro do Careca.
Volta.: Av. Erivan França -> Calçadão PN -> Av.Eng.Roberto Freire -> BR 101(marginal) -> Av.Sen.Salgado Filho -> IFRN.

Venham e tragam muitos amigos, para fazermos de Natal um lugar humano e consciente, saudável para todos viverem, uma cidade que dê prioridade às pessoas e não aos carros!
"ISSO AQUI NÃO É PASSEIO, É BICICLETADA!"

Chame seus amigos e junte-se a nós!

VENHA PEDALAR NA PRÓXIMA BICICLETADA!

Dia: 30 de agosto
Hora: Concentração às 15h e saída às 16h.
Local: Nos encontramos em frente ao IFRN (Antigo CEFET - Salgado Filho).
Percurso: Até o Morro do Careca - Ponta Negra! (e não esqueçam, tragam água e amigos!)

(DES) EDUCAÇÃO NO RN.

 
Uma vergonha para a educação do Estado do Rio Grande do Norte, após o fim da greve a uns 4 meses, o governo não paga o acertado.
 
 
 
De acordo com o blog do SINTE-RN
Letras:  governo escondeu o jogo até o último momento
A direção do Sinte-RN manteve o acompanhamento constante junto à Secretaria de Educação, cobrando o cumprimento dos compromissos assumidos pelo Governo.
Sem exceção, todas as respostas da Secretaria Estadual de Educação, garantiam o pagamento da Letra no contracheque deste mês.   Mas, por segurança, a direção do Sindicato procurou a Secretaria Estadual de Administração, por ocasião do fechamento da folha de pagamento para confirmar se estava tudo certo.
Foi apenas nesse momento que o Governo abriu o jogo:  não haveria pagamento este mês.  A desculpa era de que, como se tratava de uma despesa para toda uma categoria, seria necessária a aprovação de uma lei e a conseqüente publicação em Diário Oficial. 

No período seguinte, o Sindicato intensificou a pressão junto à Secretaria de educação exigindo a reversão do quadro, sem sucesso. 

“Obviamente, a desculpa da falta da Lei não cola, já que o Governo teve quatro meses para fazer isso”, observa Vera Messias, diretora de assuntos jurídicos do Sindicato.  Diante da indignação dos diretores do Sindicato, o chefe de recursos humanos da Secretaria de Educação, Pedro Guedes,  afirmou que “acha” que o pagamento pode ser feito em setembro.

 








27/08/2009

Publicação de letra é vetada por falta de lei
     Procurado por diretores do SINTE/RN, o secretário estadual de Educação, Ruy Pereira, disse que todos dos procedimentos para a publicação da promoção de mais uma letra foram adotados, inclusive o encaminhamento à secretaria de administração. Porém quando a diretoria do SINTE/RN procurou saber do andamento do processo, foi informada de que o Tribunal de Contas vetou a publicação da letra, sob o argumento de que seria necessário uma lei que a regulamente.
     “É uma grande falha, passaram-se quatro meses e o Governo não tomou as providências necessárias, o que indica que o acordo firmado não está sendo respeitado”, protesta Fátima Cardoso, coordenadora geral do SINTE/RN. Ela afirma que o Sindicato irá lutar por uma folha de pagamento suplementar, com efeito retroativo a agosto, para garantir que o direito seja pago. Será averiguado também se o argumento utilizado pelo Governo tem fundamento.