quinta-feira, 3 de março de 2011

O carnaval, sociologia e história...

Carnaval Rio de Janeiro

   Brasil, visto por muitos como o país do futebol e do carnaval, mas nem o futebol, muito menos o carnaval são invenções brasileiras. O carnaval é um período de alegria, festa onde se esquece todos os problemas, o país pára, dizem "tudo só começa depois do carnaval..." Durante o carnaval, a imagem que se tem aparentemente é de uma festa alegre e "igualitária", as pessoas  fantasiadas e misturadas,  aparentam ser iguais, sem distinções sociais e econômicas.

      Antes de falarmos das origens, vamos falar um pouco sobre o carnaval usando a ótica da sociologia:
  
É uma festa popular? Embora o carnaval seja uma festa para todos, acaba, por conta da apropriação da indústria cultural e dos meios de comunicação de massa, sendo transformado em um espetáculo. O carnaval brasileiro, segundo DaMatta (1984: 75) em seu livro O que faz o Brasil, Brasil?, possibilita o encontro dos grupos e das classes sociais, das diferentes etnias. Constitui-se numa festa para todos. A troca de papéis sociais é comum, a vida diária, de casa ao trabalho, de muitas pessoas é mudada. Se a sociedade segrega e uniformiza a festa de carnaval, para quem participa, cria “(..) um cenário e uma atmosfera social onde tudo pode ser trocado de lugar (...)”.
O operário que em dias normais passa pelas ruas movimentadas vestindo seu simples uniforme e nem é notado, pode, no carnaval se fantasiar de um rei, aparecer na TV, ser reconhecido e admirado por um grande número de pessoas, pela sua destreza e agilidade de passos e coreografias ou simplesmente pela imagem que representa.
“Mas que coisa milagrosa! [...] Carnaval, pois, é inversão porque é competição numa sociedade marcada pela hierarquia. É movimento numa sociedade que tem horror à mobilidade, sobretudo à mobilidade que permite trocar efetivamente de posição social [...] Por tudo isso, o carnaval é a possibilidade utópica de mudar de lugar, de trocar de posição na estrutura social. De realmente inverter o mundo em direção à alegria, à abundância, à liberdade e, sobretudo, à igualdade de todos perante a sociedade. Pena que tudo isso só sirva para revelar o seu justo e exato oposto...” (DaMatta, 2000:78). 
"Os cão" Redinha, Natal-RN


Carnaval Olinda
A história

      Alguns estudiosos afirmam que o carnaval começou por volta de 600 a 520 a.C., uns dizem que começou no Egito, outros que começou na Grécia, mas o que se sabe é que em ambos os lugares a festa  estava ligada a antigos rituais  que celebravam a fertilidade e as primeiras colheitas.

Vejamos o que diz o site:
O carnaval é uma festa que se originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C.. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Posteriormente, os gregos e romanos inseriram bebidas e práticas sexuais na festa, tornando-a intolerável aos olhos da Igreja. Com o passar do tempo, o carnaval passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica, o que ocorreu de fato em 590 d.C. Até então, o carnaval era uma festa condenada pela Igreja por suas realizações em canto e dança que aos olhos cristãos eram atos pecaminosos.
A partir da adoção do carnaval por parte da Igreja, a festa passou a ser comemorada através de cultos oficiais, o que bania os “atos pecaminosos”. Tal modificação foi fortemente espantosa aos olhos do povo, já que fugia das reais origens da festa, como o festejo pela alegria e pelas conquistas.

Em 1545, durante o Concílio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. Em aproximadamente 1723, o carnaval chegou ao Brasil sob influência europeia. Ocorria através de desfiles de pessoas fantasiadas e mascaradas. Somente no século XIX que os blocos carnavalescos surgiram com carros decorados e pessoas fantasiadas de forma semelhante à de hoje.

A festa foi grandemente adotada pela população brasileira, o que tornou o carnaval uma das maiores comemorações do país. As famosas marchinhas carnavalescas foram acrescentadas, assim a festa cresceu em quantidade de participantes e em qualidade.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola


O carnaval chegou ao Brasil em meados do século XVII, influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como a França, o carnaval acontecia em forma de desfiles urbanos, ou seja, os carnavalescos usavam máscaras e fantasias.

Embora de origem europeia, muitos personagens foram incorporados ao carnaval brasileiro, como, por exemplo, Rei momo, pierrô, colombina, etc.

A data do carnaval brasileiro

No Brasil o cálculo da data origina-se relativamente ao domingo de Páscoa que ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia que se verificar a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte) ou do equinócio do outono (no hemisfério sul), e a sexta-feira da Paixão é a que antecede o Domingo de Páscoa, então a terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa.



O Carnaval baiano e o trio elétrico

Em Salvador, na Bahia, o Carnaval tem outro estilo. Os foliões saem pelas ruas dançando atrás dos trios elétricos - caminhões em cima dos quais tocam conjuntos musicais. Os inventores do trio elétrico do Carnaval baiano, foram Dodô (Adolfo Nascimento) e Osmar (Macedo). No Carnaval de 1950, a dupla saiu tocando em cima de um Ford 49. Em um ano fizeram aperfeiçoamentos e incluíram mais um membro, Temístocles Aragão, formando assim o trio elétrico em 1951. No ano seguinte uma empresa de refrigerantes percebeu o enorme sucesso do trio e colocou um caminhão decorado à disposição dos músicos, inaugurando o formato consagrado até hoje.

Outra manifestação típica do Carnaval baiano são os grupos de afoxé, formados quase que exclusivamente por negros. Esses blocos têm origem na época da escravidão, quando os negros se reuniam vestindo trajes de nobres africanos para cantar e dançar as músicas de sua terra. O primeiro grupo, a Embaixada Africana, surgiu em 1885. Desde então, a tradição se repete todo Carnaval, com negros vestidos de príncipes cantando em nagô, um idioma africano. Além dos afoxés, ou ranchos negros (como o Filhos de Gandhi e o Badauê), o Carnaval bahiano conta com os blocos afro (Olodum, Ileaiê, Malê de Balê, Olorum Babami) e os que se fantasiam de índios como os Apaches do Tororó.

O Maracatu e o frevo no Nordeste

Os mais tradicionais carnavais de rua do país acontecem em Natal, Maceió, Olinda e no Recife. O maracatu ocorre principalmente em Pernambuco e no Ceará. Os participantes vestem pesadas fantasias, cada uma representando um personagem: rei, rainha, príncipes, damas, embaixadores, cavaleiros, índios, baianas etc. Todos dançam ao som de um batuque, seguindo as "calungas", bonecas gigantes que abrem o desfile e são levadas cada uma por uma mulher.

Outra tradição pernambucana é o frevo, que tem mais força nas principais cidades do estado: Recife e Olinda. Durante o Carnaval, as pessoas dançam nas ruas ao som desse ritmo rápido, executando passos acrobáticos. A comemoração é muito animada e justifica o nome da dança, que surgiu de "ferver'.

Há grupos organizados de frevo, ou clubes. Os mais famosos são o Pás Douradas e o Vassourinhas. Merece destaque, também, o bloco carnavalesco Galo da Madrugada, um dos maiores do país. Em Olinda, o destaque fica por conta dos bonecos gigantes carregados pelos foliões que lotam as ruas da histórica cidade. O casal de bonecos mais famoso é formado pelo Homem da Meia-Noite e pela Mulher do Meio-Dia. Fonte: http://educacao.uol.com.br/cultura-brasileira/ult1687u8.jhtm

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