Como sempre, na sexta feira um post rápido e geralmente uma(s) música(s), hoje o tema é bicicleta, sim bicicleta, ela é esporte, saúde e meio de transporte não poluente. Pena que as autoridades não investem em ciclovias para beneficiar as pessoas que vão ao trabalho de bike ou as que usam por lazer e como meio de obter uma vida mais saudável. Nossa cidade Natal-RN está entre uma das cidades mais sedentárias(pessoas que não praticam atividades físicas) do país, vamos fugir desse estigma, pedalem, existem hoje na nossa cidade vários grupos, pessoas que se reunem semanalmente para passear de bike e grupos ativistas como a bicicleta (movimento sócio-ambientalista cujo objetivo é conscientizar as pessoas a usarem transportes alternativos, saindo do ciclo venenoso do individualismo motorizado, para construirmos uma sociedade mais saudável e humana).
Entrem no blog da Bicicleta Natal-RN ( http://bicicletadanatalrn.blogspot.com/ )e vejam os a programaçãos, ideias, dias e os horários de encontros. Os vídeos sobre ciclomobilidade Natal-RN é uma produção do blog 4pedais ( http://4pedais.com/ ), vejam a aventura que é viajar de bicicleta.
Matéria vinculada na tv sobre o movimento bicicletada
A bicicleta - Toquinho
sexta-feira, 30 de abril de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
Vamos Correr!!!!!!!!
Sesc está com inscrições abertas para a Corrida do Comerciário 2010
Em comemoração ao Dia do Trabalhador, 1/05, o Sesc promoverá a Corrida do Comerciário 2010. Para participar do evento, os interessados devem doar 2 kg de alimentos não-perecíveis no Sesc Potilândia, localizado na Av. Sen. Salgado Filho, de segunda a sexta, das 08h às 11h e das 14h às 18h.
O evento terá início às 8h e será dividido nas categorias comunidade (masculino e feminino) e comerciário
(masculino e feminino). O percurso da prova é de 6 km, com saída do Sesc Potilândia, passando pela BR 101; Av. Cap. Mor-Gouveia; UFRN;
marginal da BR 101 e chegada no Sesc Potilândia.
Os três primeiros lugares serão premiados com bicicletas e trofeus e para os demais atletas serão sorteados um microondas e dois aparelhos de DVDs.
Serviço:
Corrida do Comerciário 2010
Inscrições: Sesc Potilândia - 2kg de alimentos
Data da corrida: 01/05
Horário: 8h
Percurso: 6 km
Fonte:http://www.sescrn.com.br/index.php?page=noticias&idNot=10191
Em comemoração ao Dia do Trabalhador, 1/05, o Sesc promoverá a Corrida do Comerciário 2010. Para participar do evento, os interessados devem doar 2 kg de alimentos não-perecíveis no Sesc Potilândia, localizado na Av. Sen. Salgado Filho, de segunda a sexta, das 08h às 11h e das 14h às 18h.
O evento terá início às 8h e será dividido nas categorias comunidade (masculino e feminino) e comerciário
(masculino e feminino). O percurso da prova é de 6 km, com saída do Sesc Potilândia, passando pela BR 101; Av. Cap. Mor-Gouveia; UFRN;
marginal da BR 101 e chegada no Sesc Potilândia.
Os três primeiros lugares serão premiados com bicicletas e trofeus e para os demais atletas serão sorteados um microondas e dois aparelhos de DVDs.
Serviço:
Corrida do Comerciário 2010
Inscrições: Sesc Potilândia - 2kg de alimentos
Data da corrida: 01/05
Horário: 8h
Percurso: 6 km
Fonte:http://www.sescrn.com.br/index.php?page=noticias&idNot=10191
sábado, 17 de abril de 2010
Faça a evolução (do the evolution)
Uma bela animação, um clipe do Pearl Jam que narra o processo de "evolução" humana, tecnológica e toda desumanidade durante o processo.
Segue também uma postagem muito boa que encontrei no blog Antes Quixote http://antesquixote.blogspot.com/2009/08/do-evolution-baby.html#comment-form
Postado por Eli Magalhães ( http://antesquixote.blogspot.com/2009/08/do-evolution-baby.html#comment-form )
"Durante a década de 1990 um gênero musical particular tornou-se uma febre juvenil. O Grunge tem Seattle, cidade do noroeste dos Estados Unidos, também famosa (pelo menos para os fãs de rock) por ser o berço do Jimi Hendrix, definida como seu centro gravitacional geográfico, por assim dizer. Isto se dá pelo grande número de bandas que partiram daí, e mesmo por entre elas estarem as pioneiras entre as que consiguiram levar o estilo para o grande público.
Entender o Grunge como um estilo musical, ou mesmo um movimento cultural traz dificuldades. A diversidade entre as bandas e músicas, a recusa de rótulos rígidos, e a própria existência fragmentada de seus atores (bandas como o Nirvana, por exemplo, se recusavam a aparecer junto de outras justamenta para não fomentar uma utilização comercial do selo Grunge) são motivos suficientes para demonstrar isto. No entanto, é possível encontrar alguns traços que delineam uma certa unicidade. Em geral, músicas com uma "parede sonora" bastante suja (abusando de guitarras distorcidas, por exemplo), vocais nervosos alternando entre gritos e sussurros, e um pessimismo visível e sarcasmo geral como temas principais das letras.
O estilo não é espetacular. Mas, de qualquer forma, o recuo da febre dos anos 1990, que quase sufocou seus elementos mais interessantes, quase vinte anos depois de seu surgimento permitem que seja apreciado de uma forma mais sincera. O fenômeno comercial que bandas como Nirvana, Pearl Jam, SoundGarden etc., atingiram acabaram criando inúmeros sub-produtos que, de uma forma global, prejudicaram a trajetória do gênero.
De qualquer forma, parece que o Grunge, a exemplo do que foi o Punk em sua própria época, acabou por se tornar uma representação de uma situação coletiva vivida pela juventude que o acompanhou. Enquanto o movimento Punk teve, como seio, os filhos da classe operária inglesa da década de 1970, testemunhas de uma crise econômica mundial e de uma malfadada tentativa de governo de esquerda na Inglaterra e, por isto, alcançou as mais diversas expressões (do niilismo, ao extremismo de esquerda ou de direita em suas letras e bandas, no que diz respeito à música), o Grunge casou mais com uma juventude norte-americana desiludida e, provavelmente, sensível a uma sociedade baseada na incansável competição por um lugar ao sol.
A postura conflituosa que as bandas do gênero tiveram com o mercado durante o seu percurso pode ser um bom exemplo. Embora não se possa dizer que eram declaradamente anti-comerciais, atitudes como a recusa de seguir desígnios das grandes gravadoras tornando o estilo mais pop, ou de brigas com grandes distribuidoras de ingressos no território americano, ativismo em organizações ecologistas, engajamento em causas pacifistas etc., marcam posturas de vários destes grupos. Isto causado ao niilismo e a uma repulsa mais por instinto, do que consequente, de certos valores da sociedade capitalista ocidental, como padrões de beleza difundidos pela cultura de massas, consumismo etc.
Nada de grande, no entanto. Nada que permita dizer que o movimento refletiu uma postura consequente contra uma sociedade à qual repudiava. O que não despreza elementos de lucidez ao longo do caminho.
Um destes é Do The Evolution (Faça a Evolução). Música de 1998, do disco Yeld do Pearl Jam. De qualquer maneira, pode-se, inclusive, dizer que a música já vem de uma fase "menos Grunge" do grupo, segundo seus próprios fãs. Mas a canção não se coloca de todo fora do estilo. Ritmo agitado, vocais gritados e som sujo marcam-na claramente. O interesse que ela levanta, contudo, é a forma como ela resgata valores que ficaram incrustrados em uma, digamos, "cultura rebelde ocidental" que encontra prováveis raízes nas décadas do pós-guerra.
Do The Evolution narra a paradoxal aventura humana de progresso histórico-tecnológico que, no fim das contas, confunde-se com uma aprofundamento cada vez maior da desumanidade dos próprios seres humanos. Uma evolução em caminho contrário, já que os valores econômicos acabariam valendo mais do que as necessidades dos próprios homens. O curioso é que isto a aproxima bastante da tese primordial da Escola de Frankfurt, capitaneada por Adorno e Horkheimer, da razão instrumental.
A razão instrumental seria aquela que teria permitido aos homens desenvolver os modernos meios produtivos. Mas, ao mesmo tempo, esta razão voltada para o atingimento de fins teria levado a humanidade ao estágio de desigualdade e barbárie atual. Durante a música do Pearl Jam frases como "sou o primeiro mamífero a fazer planos" ou "é a evolução, baby!", marcam bastante esta semelhança. A frase "todas as colinas rolantes eu as aplainarei", guarda uma relação muito estreita com o que os frankfurtianos achavam que era a forma como a ciência via a natureza, algo externo a ser controlado em nome do progresso. O vídeo clipe produzido pela banda (em geral uma forma mercantil de propagandear a música, mas em alguns casos específicos bastante interessante) sequências de cenas também demonstram isto. Nele, a imagem da garota branca de cabelos pretos parece representar, fielmente, a razão instrumental iluminista.
Segundo Adorno e Horkheimer, o Iluminismo, que tinha como projeto emancipar a humanidade através do esclarecimento permitido pela razão, do afastamento do mito, acaba, ele mesmo, transformando-a em um novo mito. A forma como a ciência se comporta na sociedade moderna, "substituindo o xamã", e perpetuando de forma a-crítica e a-histórica suas conclusões, é o resultado disto. No clipe da banda de Seattle, uma cena rápida, em particular, me parece representar bem isto. É o momento em que um grupo de homens "civilizados" dançam de forma ritualística em torno de uma lata de lixo em chamas.
É difícil acreditar que os integrantes do Pearl Jam tenham alguma leitura profunda sobre a Escola de Frankfurt ou mesmo que tenham escrito a canção fazendo uma referência proposital à obra dos filósofos alemães. Seria mais aceitável achar que a banda apenas sintetizou uma impressão que, iniciada em círculos acadêmicos específicos, acabou ganhando as ruas através de movimentos sociais (no caso dos frankfurtianos, o movimento estudantil de 1968 é o maior exemplo), e, assim, chegando à consciência popular de uma forma mais ou menos sedimentada.
Nada disto significa rebaixar os méritos da obra, que se identifica com um daqueles bons momentos a serem garimpados no rock americano. Acho mesmo que os artistas não são necessarimente intelectuais, mas muito mais pessoas com cerca sensibilidade capaz de, justamente, sintetizar expressões particulares em uma determinada forma. Isto parece explicar melhor boas músicas de artistas, em geral, complicados como Raul Seixas, Cazuza, Beatles etc. Claro que isto também não impede de existirem artistas muito mais lúcidos e consequentes.
No que diz respeito, especificamente, ao Pearl Jam aqui, resta o seguinte: das atitudes mais politizadas do Grunge, a banda esteve entre os principais protragonistas. Sua aproximação a artistas como Neil Young, por exemplo, também famoso por letras que abalam o american proud, marcaram posturas como estas. Não são grandes artistas, é verdade, mas há certos aspectos interessantes, que podem ser explorados. Quanto à sua semelhança com Frankfurt: a descrença no futuro, o pessimismo e a apatia, no que diz respeito a uma mudança radical da realidade, selam a aproximação.
Do The Evolution
Woo../ Im ahead, Im a man/ Im the first mammal to wear pants, yeah/ Im at peace with my lust/ I can kill cause in God I trust, yeah/ Its evolution, baby/ Im at piece, Im the man/ Buying stocks on the day of the crash/ On the loose, Im a truck/ All the rolling hills, Ill flatten em out, yeah/ Its herd behavior, uh huh/ Its evolution, baby/ Admire me, admire my home/ Admire my song, heres my coat/ Yeah, yeah, yeah, yeah/ This land is mine, this land is free/ Ill do what I want but irresponsibly/ Its evolution, baby/ Im a thief, Im a liar/ Theres my church, I sing in the choir:/ (hallelujah hallelujah)/ Admire me, admire my home/ Admire my song, admire my clothes/ cause we know, appetite for a nightly feast/ Those ignorant indians got nothin on me/ Nothin, why? / Because, its evolution, baby!/ I am ahead, I am advanced/ I am the first mammal to make plans, yeah/ I crawled the earth, but now Im higher/ Twenty-ten, watch it go to fire/ Its evolution, baby (2x)/ Do the evolution/ Come on, come on, come on
Faça a Evolução
Eu estou à frente, eu sou um homem/ Eu sou o primeiro mamífero a vestir calças, yeah/ Eu estou em paz com minha luxúria / Eu posso matar porque em Deus eu confio, yeah/ isto é evolução, baby/ Eu sou uma besta, eu sou o homem/ Tinha ações no dia em que a Bolsa quebrou, yeah/ Livre, eu sou um caminhão/ Todas as colinas rolantes eu as aplainarei, yeah/ É um comportamento em rebanho/ Uh-huh, isto é evolução, baby, /Me admire, admire minha casa/ Admire meu filho, ele é meu clone/ Yeah, yeah/ Esta terra é minha, esta terra é livre/ Eu farei o que quiser embora irresponsavelmente/ isto é evolução, baby,/ Eu sou um ladrão, eu sou um mentiroso/ Aqui é minha igreja, eu canto no coro (interlúdio do coro: Aleluia)/ Me admire, admire minha casa/ Admire minha canção, admire minhas roupas/ Pois nós conhecemos o apetite para um banquete noturno, / A esses índios ignorantes não devo nada,/ Nada, Por quê? /
Porque: isto é evolução, baby!/ Eu estou à frente, eu sou desenvolvido/ Eu sou o primeiro mamífero a fazer planos/ Eu rastejei na terra, agora voo pelos céus/ 2010, veja pegando fogo!/ isto é evolução, baby {2x}/ Faça a evolução/ Vamos, vamos, vamos..."
Segue também uma postagem muito boa que encontrei no blog Antes Quixote http://antesquixote.blogspot.com/2009/08/do-evolution-baby.html#comment-form
Postado por Eli Magalhães ( http://antesquixote.blogspot.com/2009/08/do-evolution-baby.html#comment-form )
"Durante a década de 1990 um gênero musical particular tornou-se uma febre juvenil. O Grunge tem Seattle, cidade do noroeste dos Estados Unidos, também famosa (pelo menos para os fãs de rock) por ser o berço do Jimi Hendrix, definida como seu centro gravitacional geográfico, por assim dizer. Isto se dá pelo grande número de bandas que partiram daí, e mesmo por entre elas estarem as pioneiras entre as que consiguiram levar o estilo para o grande público.
Entender o Grunge como um estilo musical, ou mesmo um movimento cultural traz dificuldades. A diversidade entre as bandas e músicas, a recusa de rótulos rígidos, e a própria existência fragmentada de seus atores (bandas como o Nirvana, por exemplo, se recusavam a aparecer junto de outras justamenta para não fomentar uma utilização comercial do selo Grunge) são motivos suficientes para demonstrar isto. No entanto, é possível encontrar alguns traços que delineam uma certa unicidade. Em geral, músicas com uma "parede sonora" bastante suja (abusando de guitarras distorcidas, por exemplo), vocais nervosos alternando entre gritos e sussurros, e um pessimismo visível e sarcasmo geral como temas principais das letras.
O estilo não é espetacular. Mas, de qualquer forma, o recuo da febre dos anos 1990, que quase sufocou seus elementos mais interessantes, quase vinte anos depois de seu surgimento permitem que seja apreciado de uma forma mais sincera. O fenômeno comercial que bandas como Nirvana, Pearl Jam, SoundGarden etc., atingiram acabaram criando inúmeros sub-produtos que, de uma forma global, prejudicaram a trajetória do gênero.
De qualquer forma, parece que o Grunge, a exemplo do que foi o Punk em sua própria época, acabou por se tornar uma representação de uma situação coletiva vivida pela juventude que o acompanhou. Enquanto o movimento Punk teve, como seio, os filhos da classe operária inglesa da década de 1970, testemunhas de uma crise econômica mundial e de uma malfadada tentativa de governo de esquerda na Inglaterra e, por isto, alcançou as mais diversas expressões (do niilismo, ao extremismo de esquerda ou de direita em suas letras e bandas, no que diz respeito à música), o Grunge casou mais com uma juventude norte-americana desiludida e, provavelmente, sensível a uma sociedade baseada na incansável competição por um lugar ao sol.
A postura conflituosa que as bandas do gênero tiveram com o mercado durante o seu percurso pode ser um bom exemplo. Embora não se possa dizer que eram declaradamente anti-comerciais, atitudes como a recusa de seguir desígnios das grandes gravadoras tornando o estilo mais pop, ou de brigas com grandes distribuidoras de ingressos no território americano, ativismo em organizações ecologistas, engajamento em causas pacifistas etc., marcam posturas de vários destes grupos. Isto causado ao niilismo e a uma repulsa mais por instinto, do que consequente, de certos valores da sociedade capitalista ocidental, como padrões de beleza difundidos pela cultura de massas, consumismo etc.
Nada de grande, no entanto. Nada que permita dizer que o movimento refletiu uma postura consequente contra uma sociedade à qual repudiava. O que não despreza elementos de lucidez ao longo do caminho.
Um destes é Do The Evolution (Faça a Evolução). Música de 1998, do disco Yeld do Pearl Jam. De qualquer maneira, pode-se, inclusive, dizer que a música já vem de uma fase "menos Grunge" do grupo, segundo seus próprios fãs. Mas a canção não se coloca de todo fora do estilo. Ritmo agitado, vocais gritados e som sujo marcam-na claramente. O interesse que ela levanta, contudo, é a forma como ela resgata valores que ficaram incrustrados em uma, digamos, "cultura rebelde ocidental" que encontra prováveis raízes nas décadas do pós-guerra.
Do The Evolution narra a paradoxal aventura humana de progresso histórico-tecnológico que, no fim das contas, confunde-se com uma aprofundamento cada vez maior da desumanidade dos próprios seres humanos. Uma evolução em caminho contrário, já que os valores econômicos acabariam valendo mais do que as necessidades dos próprios homens. O curioso é que isto a aproxima bastante da tese primordial da Escola de Frankfurt, capitaneada por Adorno e Horkheimer, da razão instrumental.
A razão instrumental seria aquela que teria permitido aos homens desenvolver os modernos meios produtivos. Mas, ao mesmo tempo, esta razão voltada para o atingimento de fins teria levado a humanidade ao estágio de desigualdade e barbárie atual. Durante a música do Pearl Jam frases como "sou o primeiro mamífero a fazer planos" ou "é a evolução, baby!", marcam bastante esta semelhança. A frase "todas as colinas rolantes eu as aplainarei", guarda uma relação muito estreita com o que os frankfurtianos achavam que era a forma como a ciência via a natureza, algo externo a ser controlado em nome do progresso. O vídeo clipe produzido pela banda (em geral uma forma mercantil de propagandear a música, mas em alguns casos específicos bastante interessante) sequências de cenas também demonstram isto. Nele, a imagem da garota branca de cabelos pretos parece representar, fielmente, a razão instrumental iluminista.
Segundo Adorno e Horkheimer, o Iluminismo, que tinha como projeto emancipar a humanidade através do esclarecimento permitido pela razão, do afastamento do mito, acaba, ele mesmo, transformando-a em um novo mito. A forma como a ciência se comporta na sociedade moderna, "substituindo o xamã", e perpetuando de forma a-crítica e a-histórica suas conclusões, é o resultado disto. No clipe da banda de Seattle, uma cena rápida, em particular, me parece representar bem isto. É o momento em que um grupo de homens "civilizados" dançam de forma ritualística em torno de uma lata de lixo em chamas.
É difícil acreditar que os integrantes do Pearl Jam tenham alguma leitura profunda sobre a Escola de Frankfurt ou mesmo que tenham escrito a canção fazendo uma referência proposital à obra dos filósofos alemães. Seria mais aceitável achar que a banda apenas sintetizou uma impressão que, iniciada em círculos acadêmicos específicos, acabou ganhando as ruas através de movimentos sociais (no caso dos frankfurtianos, o movimento estudantil de 1968 é o maior exemplo), e, assim, chegando à consciência popular de uma forma mais ou menos sedimentada.
Nada disto significa rebaixar os méritos da obra, que se identifica com um daqueles bons momentos a serem garimpados no rock americano. Acho mesmo que os artistas não são necessarimente intelectuais, mas muito mais pessoas com cerca sensibilidade capaz de, justamente, sintetizar expressões particulares em uma determinada forma. Isto parece explicar melhor boas músicas de artistas, em geral, complicados como Raul Seixas, Cazuza, Beatles etc. Claro que isto também não impede de existirem artistas muito mais lúcidos e consequentes.
No que diz respeito, especificamente, ao Pearl Jam aqui, resta o seguinte: das atitudes mais politizadas do Grunge, a banda esteve entre os principais protragonistas. Sua aproximação a artistas como Neil Young, por exemplo, também famoso por letras que abalam o american proud, marcaram posturas como estas. Não são grandes artistas, é verdade, mas há certos aspectos interessantes, que podem ser explorados. Quanto à sua semelhança com Frankfurt: a descrença no futuro, o pessimismo e a apatia, no que diz respeito a uma mudança radical da realidade, selam a aproximação.
Do The Evolution
Woo../ Im ahead, Im a man/ Im the first mammal to wear pants, yeah/ Im at peace with my lust/ I can kill cause in God I trust, yeah/ Its evolution, baby/ Im at piece, Im the man/ Buying stocks on the day of the crash/ On the loose, Im a truck/ All the rolling hills, Ill flatten em out, yeah/ Its herd behavior, uh huh/ Its evolution, baby/ Admire me, admire my home/ Admire my song, heres my coat/ Yeah, yeah, yeah, yeah/ This land is mine, this land is free/ Ill do what I want but irresponsibly/ Its evolution, baby/ Im a thief, Im a liar/ Theres my church, I sing in the choir:/ (hallelujah hallelujah)/ Admire me, admire my home/ Admire my song, admire my clothes/ cause we know, appetite for a nightly feast/ Those ignorant indians got nothin on me/ Nothin, why? / Because, its evolution, baby!/ I am ahead, I am advanced/ I am the first mammal to make plans, yeah/ I crawled the earth, but now Im higher/ Twenty-ten, watch it go to fire/ Its evolution, baby (2x)/ Do the evolution/ Come on, come on, come on
Faça a Evolução
Eu estou à frente, eu sou um homem/ Eu sou o primeiro mamífero a vestir calças, yeah/ Eu estou em paz com minha luxúria / Eu posso matar porque em Deus eu confio, yeah/ isto é evolução, baby/ Eu sou uma besta, eu sou o homem/ Tinha ações no dia em que a Bolsa quebrou, yeah/ Livre, eu sou um caminhão/ Todas as colinas rolantes eu as aplainarei, yeah/ É um comportamento em rebanho/ Uh-huh, isto é evolução, baby, /Me admire, admire minha casa/ Admire meu filho, ele é meu clone/ Yeah, yeah/ Esta terra é minha, esta terra é livre/ Eu farei o que quiser embora irresponsavelmente/ isto é evolução, baby,/ Eu sou um ladrão, eu sou um mentiroso/ Aqui é minha igreja, eu canto no coro (interlúdio do coro: Aleluia)/ Me admire, admire minha casa/ Admire minha canção, admire minhas roupas/ Pois nós conhecemos o apetite para um banquete noturno, / A esses índios ignorantes não devo nada,/ Nada, Por quê? /
Porque: isto é evolução, baby!/ Eu estou à frente, eu sou desenvolvido/ Eu sou o primeiro mamífero a fazer planos/ Eu rastejei na terra, agora voo pelos céus/ 2010, veja pegando fogo!/ isto é evolução, baby {2x}/ Faça a evolução/ Vamos, vamos, vamos..."
Ilha das flores
Um belo documentário brasileiro que deve ser assistido e comentado, assistam e deixem seus comentários.
Rafael Calheiros
Resenha do curta-metragem Ilha das Flores
O documentário “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado produzido em 1989, é de uma rara profundidade que exprime toda a banalização a que foi submetida o ser humano, por mais racional que este seja. Um ácido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho. A lamentável condição de sub-existência dos habitantes da Ilha das Flores deixa as pessoas pasmas. A idéia do curta-metragem é mostrar o absurdo desta situação. Seres humanos que, numa escala de prioridade, estão depois dos porcos. Mulheres e crianças que, num tempo determinado de cinco minutos, garantem na sobra dos porcos (que por sua vez, alimentam-se da sobra de outros seres humanos com condições financeiras de escolher o alimento) sua alimentação diária.
A obra Ilha das Flores é rica em informações reais (às vezes chega a ter um caráter didático), e ao mesmo tempo, segue a trajetória fictícia de um tomate: plantado, colhido, vendido a um supermercado, comprado por uma dona-de-casa, rejeitado na hora de fazer um molho para o almoço, jogado no lixo, levado para a Ilha das Flores, rejeitado pelos porcos, e finalmente, encontrado por uma criança com fome.
A desigualdade social e toda perversidade de um sistema são provocadas justamente por seres humanos que procuram viver em seus casulos de forma egocêntrica e egoísta, fingindo não ver a realidade da exploração do homem sobre o homem, esquecendo-se da solidariedade e afeto entre seus semelhantes. Daí a afirmação no início do curta da não-existência de Deus. Infelizmente, explorar a miséria humana faz parte desse sistema, faz parte do “progresso natural da sociedade”. Uma prova disso é que o diretor não precisava ir tão longe para ver a crueldade e a miséria do homem, bastava colocar uma câmera em sua janela de casa.
A noção de progresso é o anteparo usado pelo filme para estabelecer propositalmente uma relação insolúvel na sociedade capitalista. A capacidade criativa e o decorrente progresso são conjugados com os diversos aspectos que envolvem a vida em sociedade. O lixo é capaz de unir- e não separar como normalmente – a “parte limpa” com a “parte suja” do filme. Logo, confirma-se uma incompatibilidade entre progresso e desenvolvimento humano. O espectador sente o sabor da simples profundidade sugerida pelo filme. É uma provocação ao raciocínio social imediato, à propriedade privada, ao lucro, ao trabalho, à exploração, à relação entre progresso criativo e, conseqüentemente, tecnológico (criação e evolução estão intimamente ligados) e ao desenvolvimento social e humano. Passados quase vinte anos após a sua produção, o curta ainda é bastante atual. O documentário é narrado pelo ator Paulo José e foi aclamado pela crítica, vencendo vários prêmios.
Fonte:http://cabecadedoido.wordpress.com/2007/08/11/resenha-ilha-das-flores/
Rafael Calheiros
Resenha do curta-metragem Ilha das Flores
O documentário “Ilha das Flores”, de Jorge Furtado produzido em 1989, é de uma rara profundidade que exprime toda a banalização a que foi submetida o ser humano, por mais racional que este seja. Um ácido retrato da mecânica da sociedade de consumo. Acompanhando a trajetória de um simples tomate, desde a plantação até ser jogado fora, o curta escancara o processo de geração de riqueza e as desigualdades que surgem no meio do caminho. A lamentável condição de sub-existência dos habitantes da Ilha das Flores deixa as pessoas pasmas. A idéia do curta-metragem é mostrar o absurdo desta situação. Seres humanos que, numa escala de prioridade, estão depois dos porcos. Mulheres e crianças que, num tempo determinado de cinco minutos, garantem na sobra dos porcos (que por sua vez, alimentam-se da sobra de outros seres humanos com condições financeiras de escolher o alimento) sua alimentação diária.
A obra Ilha das Flores é rica em informações reais (às vezes chega a ter um caráter didático), e ao mesmo tempo, segue a trajetória fictícia de um tomate: plantado, colhido, vendido a um supermercado, comprado por uma dona-de-casa, rejeitado na hora de fazer um molho para o almoço, jogado no lixo, levado para a Ilha das Flores, rejeitado pelos porcos, e finalmente, encontrado por uma criança com fome.
A desigualdade social e toda perversidade de um sistema são provocadas justamente por seres humanos que procuram viver em seus casulos de forma egocêntrica e egoísta, fingindo não ver a realidade da exploração do homem sobre o homem, esquecendo-se da solidariedade e afeto entre seus semelhantes. Daí a afirmação no início do curta da não-existência de Deus. Infelizmente, explorar a miséria humana faz parte desse sistema, faz parte do “progresso natural da sociedade”. Uma prova disso é que o diretor não precisava ir tão longe para ver a crueldade e a miséria do homem, bastava colocar uma câmera em sua janela de casa.
A noção de progresso é o anteparo usado pelo filme para estabelecer propositalmente uma relação insolúvel na sociedade capitalista. A capacidade criativa e o decorrente progresso são conjugados com os diversos aspectos que envolvem a vida em sociedade. O lixo é capaz de unir- e não separar como normalmente – a “parte limpa” com a “parte suja” do filme. Logo, confirma-se uma incompatibilidade entre progresso e desenvolvimento humano. O espectador sente o sabor da simples profundidade sugerida pelo filme. É uma provocação ao raciocínio social imediato, à propriedade privada, ao lucro, ao trabalho, à exploração, à relação entre progresso criativo e, conseqüentemente, tecnológico (criação e evolução estão intimamente ligados) e ao desenvolvimento social e humano. Passados quase vinte anos após a sua produção, o curta ainda é bastante atual. O documentário é narrado pelo ator Paulo José e foi aclamado pela crítica, vencendo vários prêmios.
Fonte:http://cabecadedoido.wordpress.com/2007/08/11/resenha-ilha-das-flores/
domingo, 11 de abril de 2010
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Música(s) para ouvir na sexta feira
Semana corrida? Sexta chuvosa? Algumas músicas para relaxar:
Nora Jones cantando Somewhere over the rainbow
Outra versão muito boa de Somewhere Over the Rainbow por Israel Kamakawiwo'ole LYRICS
Don't Worry be happy
Bom fim de semana!
Nora Jones cantando Somewhere over the rainbow
Outra versão muito boa de Somewhere Over the Rainbow por Israel Kamakawiwo'ole LYRICS
Don't Worry be happy
Bom fim de semana!
quinta-feira, 8 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
Salvem o Brasil, assinem o abaixo assinado da ficha limpa!
Encontrei hoje de manhã, no blog da bicicletada Natal-RN um artigo convocando todos a assinarem o projeto de lei da ficha limpa, leiam e assinem:
"48 HORAS PARA ACABAR COM A CORRUPÇÃO!
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Dentro de menos de 48 horas o Congresso irá finalmente votar no Projeto de Lei Ficha Limpa.
Nós só temos dois dias para convencê-los de passar esta legislação ousada que irá mudar a política brasileira para sempre!
A Lei Ficha Limpa irá remover das eleições candidatos que cometeram crimes sérios como desvio de verba pública, corrupção, assassinato e tráfico de drogas. Vamos pressionar nossos deputados conseguindo 2 milhões de assinaturas para mostrar que se eles não votarem pela "Ficha Limpa" não votaremos neles! Assine, aqui! "
Postado por Bicicletada Natal às 22:01
Encontrei hoje de manhã, no blog da bicicletada Natal-RN um artigo convocando todos a assinarem o projeto de lei da ficha limpa, leiam e assinem:
"48 HORAS PARA ACABAR COM A CORRUPÇÃO!
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Dentro de menos de 48 horas o Congresso irá finalmente votar no Projeto de Lei Ficha Limpa.
Nós só temos dois dias para convencê-los de passar esta legislação ousada que irá mudar a política brasileira para sempre!
A Lei Ficha Limpa irá remover das eleições candidatos que cometeram crimes sérios como desvio de verba pública, corrupção, assassinato e tráfico de drogas. Vamos pressionar nossos deputados conseguindo 2 milhões de assinaturas para mostrar que se eles não votarem pela "Ficha Limpa" não votaremos neles! Assine, aqui! "
Postado por Bicicletada Natal às 22:01
sábado, 3 de abril de 2010
SALVE A ÁGUA POTÁVEL DE NATAL
O Ministério Público do Rio Grande do Norte e vários parceiros estão unidos em defesa da água potável de Natal. O esforço conjunto tem o objetivo de cobrar das autoridades a solução para o problema da contaminação do aquífero do San Vale, última reserva de água potável da Capital.
Assista o vídeo da campanha ( http://www.zeroweb.com.br/video/mprn_aguapotavel.flv ) e saiba por que a água potável da cidade está quase toda contaminada e como os poluentes das fossas sépticas existentes nos bairros adjacentes ao San Vale caem no lençol freático, transformam-se em nitrato e se movimentam em direção aquela região de proteção ambiental.
Você pode ajudar a evitar esta poluição e conseguir a instalação de um sistema de esgotamento sanitário no entorno da área em que se encontram os poços de abastecimento.
A proposta é buscar o compromisso das instâncias competentes para implantar soluções efetivas para salvar o San Vale, impedindo que a contaminação do nitrato chegue na região e se perca o valioso manancial de água potável ali existente.
Participe do abaixo assinado eletrônico para pressionar o poder público estadual e municipal a priorizar a instalação de um sistema público de esgotamento sanitário para a área de ocupação do San Vale, Parque das Colinas e adjacências.
Não deixe que esta poluição chegue a sua casa!
Coloque seu nome no abaixo-assinado e ajude a salvar a água potável de Natal.
. Assine você também, clique aqui!
Fonte: Ministério Público http://www.mp.rn.gov.br/aguapotavel/
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