sábado, 29 de maio de 2010

O tal do nó da gravata...

Boa noite pessoal, na pressa, correndo pra ir a um casamento e não sabe dar o bem dito nó na gravata? Seus problemas acabaram! Assista o vídeo que ensina super rápido a dar nó na gravata:



E aí? Aprendeu?

sábado, 22 de maio de 2010

Panamericano de Karatê

A WKF transmitiu o Campeonato Panamericano de Karatê ao vivo e em alta definicão para todo o mundo no mês de maio, veja os vídeos abaixo:

http://www.ustream.tv/recorded/6894968

http://www.ustream.tv/recorded/6948777

Fonte: Blog Karatê das meninas(clique aqui para entrar no blog)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Violência juvenil estampa jornal local

A BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA

Com o título da manchete de "Meninas más" estampado na capa, o jornal Diário de Natal (20-05-2010) publica uma matéria sobre a violência juvenil nas escolas públicas estaduais, no caso em questão, a violências cometidas por meninas, sim as meninas também brigam nas ruas. Na seqüência, o jornal publica mais dois artigos sobre a violência juvenil. Mas isso é novidade?

Não é novidade para ninguém, ver nos jornais de todas as mídias (televisão, impressos, rádio ou internet) artigos sobre a violência entre jovens estudantes de escolas públicas estaduais do Rio Grande do Norte (RN). É polícia, a pé, a cavalo, com cães, policiais do choque, da rocam e mesmo do bope, sem contar com a cena cinematográfica do helicóptero sobrevoando a praça cívica, que poderia se chamar de praça de guerra, pois é lá onde ocorrem a maioria dos confrontos.

O fato tomou tal proporção que mete medo não só nos nas pessoas que passam perto da confusão, pois são disparados rojões, são arremessadas pedras para todo lado, inclusive em ônibus coletivos, ferindo aleatoriamente pessoas envolvidas ou não nessas rixas.

Mas afinal, o que está acontecendo que desencadeia tanta violência? Quem são esses jovens? Quais os motivos? Quais explicações? E mais importante ainda, o que de fato as autoridades estão fazendo para solucionar o problema? Tais questões são de fundamental importância para a reflexão sobre o assunto, pois a violência não é de hoje, não para de crescer e ainda atrapalha o funcionamento das escolas públicas e do RN.

A primeira impressão é que a violência ocorre por qualquer motivo, apesar de se comentar que o maior motivo seria a rivalidade entre as torcidas de futebol, hoje as denomidas de gangues(não se usa mais o termo “torcidas”), por mais banal que pareça o(s) motivo(s) de tanta violência, ela não é exclusividade dos meninos, pois as meninas também espancam. Esses jovens são estudantes, filhos de trabalhadores, e em sua grande maioria (quase exclusivamente) de escolas públicas, não se vêem alunos de escolas particulares de classe média alta. As "explicações" são as mais diversas possíveis, porém, nenhuma delas resultou em ações que resolvessem o problema até agora. Não se sabe de nenhuma ação efetiva para se resolver o caso, as autoridades "competentes" não tem nenhum plano, projeto ou similar, a única coisa é repressão, sim, são deslocados para a praça cívica, contingentes cada vez maiores de policiais e diversos aparatos, tais como cães, cavalos e até helicóptero, mas a repressão é passageira e nunca chega nem perto da raiz do problema. A única coisa que acontece é tirar policiais de outras localidades – onde poderiam estar inibindo o crime – deslocando os policiais para o centro da cidade para tentar conter o(s) tumulto(s).

Será que, governo municipal e estadual (e todos os secretários) tem algum plano? Será que existe algum estudo ou trabalho de inteligência para descobrir o que faz um número tão grande de jovens aderirem à violência? Ou será que estão todos presos a rótulos e especulações do senso comum?

Qual influência do sucateamento das escolas públicas, as escolas não são atrativas, salas quentes (algumas escaldantes), sem professores efetivos do quadro ou quando tem (estes fazem greves todos os anos por salários mais justos) ou são os estagiários (nem sempre formados), a maior parte das escolas não tem quadras de esportes (as que existem são geralmente sucateadas). Qual a perspectiva de escolas sucateadas oferecerem um futuro num mundo tão competitivo? Como os jovens adolescentes vêem essa falta de perspectiva de futuro?

A violência na escola, ou mesmo de seus alunos nas ruas e praças da cidade é um reflexo do abandono das autoridades em relação aos bairros populares, às escolas públicas, as quadras de esportes de bairro e mesmo de uma sociedade que a cada dia se torna mais violenta, onde os traficantes e o crack "adotam" diariamente um exército de futuros viciados.

A solução é a penas expulsar ( ou excluir) das escolas os alunos suspeitos e mandar a polícia dar "baculejos"? Para onde vão esses jovens? Se resumido a essas ações, o que vai restar para os jovens expulsos das escolas e sem perspectivas? Mais violência? Drogas? A exclusão vai diminuir a violência?

Tais reflexões devem ser feitas pela sociedade, assim como também a cobrança junto às autoridades (Ministério Público, Prefeita, Governador, Secretários, Vereadores, Deputados e Senadores), muitos deles estão em seus cargos há vários anos, mas até agora nada fizeram sobre o assunto, em período de eleição vão aparecer na televisão todos os dias dizendo que vão fazer “isso e aquilo”, só não entendo o motivo deles – essas autoridades (in)competentes - não terem feito antes tais políticas, projetos, leis e obras, pois já estão no poder a tanto tempo e nada fizeram pelo povo, que os elegeram como seus representante.



Augusto César
Leiam a seguir os artigos públicados pelo jornal:


Cidades


Edição de quinta-feira, 20 de maio de 2010

Meninas violentas
 
Frequência cada vez maior de brigas entre alunas preocupa escolas de Natal


Francisco Francerle // franciscofrancerle.rn@dabr
 
    A violência nas escolas do Rio Grande do Norte não está mais restrita aos alunos do sexo masculino. È cada vez mais comum que meninas se envolvam em brigas. Aquele jeito ameno, meigo e passivo já está meio fora de moda e em muitas escolas públicas de Natal elas copiam o comportamento agressivo que até pouco tempo era exclusivo dos homens.
   O aumento dos casos de brigas entre meninas em escolas de Natal começam engrossar os relatórios nas fichas de registro dos alunos e a preocupar professores, diretores, psicólogos e até os Conselhos Tutelares que já acompanham vários casos, muitos dos quais a escola nem fica sabendo por ter acontecido fora do estabelecimento. Os motivos são os mais fúteis, ora ciúmes, ora briga de poder para mostrar quem é mais forte na turma, independente da faixa etária.
     Recentemente, uma pré-adolescente de 12 anos, agrediu com pancadas, arranhões de unha no rosto e ainda ameaçou furar com um canivete uma outra adolescente de 13 anos, colegade turma da Escola Estadual Luiz Maranhão, no bairro de Cidade Nova, Zona Oeste de Natal. O motivo teria sido apenas um desentendimento que se resolveria com uma boa conversa. As alunas foram punidas com suspensão pela direção da escola e, dias depois, a menina agressora foi expulsa do estabelecimento por reincidência no comportamento agressivo. O caso está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar da Zona Oeste da cidade que encaminhou a menina agressora para atendimento psicológico numa unidade municipal de saúde.
        A garota já passou antes pelo Conselho Tutelar por problemas de convivência familiar. Filha de pais separados, ela morava com a mãe que, devido o comportamento arredio, desistiu de sua guarda. A pré-adolescente foi morar com o pai, um carroceiro de 42 anos, que reconhece o comportamento agressivo dela. Segundo o conselheiro tutelar Erinelson Morais será feito um estudo de caso, com relatório social da família e da adolescente e, em seguida, pedirá sua reintegração na mesma escola.

Disputa por namorado acabou no hospital
Cidades

Edição de quinta-feira, 20 de maio de 2010

      A Escola Estadual do Atheneu Norte Riograndense, no bairro de Petrópolis, na Zona Leste, também passa pelo problema. Há três anos sofrendo com a participação de alunos nas brigas de torcidas organizadas, a prática de violência dos meninos está se difundindo entre as meninas. A situação é facilmente visível nos conflitos que têm a Praça Pedro Velho como palco.
        No início deste ano, uma jovem de 16 anos denunciou uma agressão sofrida dentro do Atheneu. A garota sofreu um soco no nariz, desferido por uma colega também de 16 anos e precisou ir para o atendimento de urgência no Hospital Walfredo Gurgel. O motivo foi banal: inveja e ciúmes de um ex-namorado. Após o atendimento médico, os pais registraram o Boletim de Ocorrência na Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA). A garota agressora foi suspensa e, em seguida, transferida para uma outra escola.
  Um outro caso de agressão aconteceu na escola Estadual Winston Churchill. Lá, este ano, uma aluna agrediu verbalmente uma colega por ciúmes. No dia seguinte, o irmão da garota, que estuda na mesma escola, foi tomar satisfação com a agressora e foi surpreendido pela reação do namorado chegando a trocar agressões físicas nas salas de aula.

Banalidades
    Segundo relatou uma estudante de uma escola de ensino fundamental de Natal, as garotas brigam por banalidades e saem no tapa por qualquer provocação. "Se me provocar eu sapeco-lhe a mão, pode ser filha do Papa, não levo desaforo pra casa e ainda organizo uma turminha pra pegar lá fora, somente gente fina de torcida organizada", disse ela.

Fonte: http://www.diariodenatal.com.br/2010/05/20/cidades1_1.php


Diretorias Adotam Prevenção
Cidades


Edição de quinta-feira, 20 de maio de 2010

             Para coibir essas agressões, as Escolas Estaduais Winston Churchill e Atheneu já desenvolveram uma ficha de acompanhamento do aluno, onde são registrados todos os relatos de agressões. No Atheneu, segundo a diretora Marcelle de Lucena Maranhão, a ficha de registro consta o relato do fato, a providência tomada pela escola, bem como a intervenção feita junto aos pais que são chamados a assinar um documento de conhecimento do problema. "Com duas assinaturas na ficha, dependendo da gravidade do caso, o aluno pode ser transferido", esclareceu a diretora. Nas fichas são relatados casos de brigas, desrespeito ao professor e outras anormalidades.
       Para a psicóloga Katiuce Angélica dos Santos Gurgel Pinheiro, as agressões entre meninas acontecem, na maioria das vezes, para impor respeito através do medo. Os adolescentes têm necessidade de afirmação, por isso eles agem assim tanto para demarcar lugar quanto para demonstrar poder. O problema é que os casos de violência que eles assimilam da própria sociedade acabam influenciando no comportamento em sala de aula. Apesar dos principais motivos de agressão entre meninas sejam a inveja, ciúmes e traição, a inversão de valores culturais e a falta de limites impostos pelos pais e educadores, bem como o exemplo da família que funciona como um espelho, contribuem para o problema.
          As animosidades entre alunas podem ser resolvidas com simples ações. É o que defende a psicóloga, apostando em ações preventivas. Para ela, funcionam bem as terapias de grupo e ações do programa Mais Educação, do governo federal, que possibilita uma educação em um horário extra-escolar, tomando todo o tempo da aluna. Ela também enfatiza as palestras do Proed (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência da Polícia Militar), tendo em vista que trabalham também no combate à violência. Tudo isso, ao lado de disciplina e punição adequada, quando for o caso, e sempre acompanhada pelo Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente.

Quadro preocupante

        Divulgado no mês passado, estudo da Unesco mostra que 86 mil alunas brasileiras já agrediram fisicamente alguém no colégio. Questionadas se haviam batido em algum colega de Escola no último ano, 10% das meninas disseram que sim contra 24% dos meninos.

Fonte: http://www.diariodenatal.com.br/2010/05/20/cidades1_2.php

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Diálogos Criativos - Palestra: Bicicleta: Mobilidade da Paz


Convite:
Com o tema “Bicicleta: Mobilidade da Paz”, Haroldo Mota, diretor presidente da OnG Baobá, ativista do movimento ambiental, apaixonado pelo ciclismo participará como palestrante do encontro dos Diálogos Criativos. Participe deste evento cheio de imagens, movimentos, onde abordarei a minha experiência como ativista ambiental utilizando a bike como um instrumento de mobilidade saudável. Quando: hoje 19 de maio de 2010 (quarta-feira). Onde: Auditório da Livraria Siciliano Midway Mall Horário: 19:00 horas Entrada: Franca.

Visite o blog e participe do movimento bicicletada  Natal RN (clique no nome bicicletada).

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Créuuu, rebolation(reboleixon-xon), vai lacraia...

O que os jovens de hoje escutam? Qual a diferença entre as músicas que os jovens de outras gerações escutavam? O que essas músicas refletem em relação a sociedade atual? A música(cultura) deve se resumir apenas ao apelo sexual (beirando a vulgaridade)?



Qual é a sua opinião?

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O primeiro ônibus no Brasil com suporte para bicicletas

Em Santa Cruz do Sul (RS) foi lançado o primeiro ônibus no Brasil com suporte para bicicletas.
    Já ouviu falar de uma cidadezinha chamada Santa Cruz do Sul? Ela tem pouco mais de 120 mil habitantes, mas recebeu um título de fazer cair o queixo de qualquer capital do país. Sabe por quê? Foi uma das primeiras a instalar, em ônibus urbanos, o carregador de bicicletas – um suporte colocado na frente do coletivo para carregar as magrelas. A iniciativa começou em fevereiro e está dando certo. Tanto que a mesma empresa, a Stadtbus, levou a ideia para outra cidade em que atua, Bagé, no início de abril, inspirando-se nos modelos de transporte de grandes cidades europeias, como Barcelona.
   Não que a poluição ou o trânsito da região precisassem de um incentivo como esses, mas nunca é demais, não? O empreendimento, além de melhorar a qualidade de vida de quem mora nessas cidadezinhas do Rio Grande do Sul, pode ser um puxão de orelha para que outras cidades decidam seguir a novidade. E tem tudo para funcionar. São Paulo, essa sim uma cidade que precisa de medidas urgentes para melhorar o trânsito e aliviar a população de tanto gás carbônico jogado no ar pelos automóveis, começou a testar a implantação de carregadores de bicicleta na segunda quinzena de abril. Segundo a SPTrans, responsável pelo transporte de ônibus na capital, ainda estamos em fase experimental e não há previsão para que o projeto ganhe as ruas, infelizmente.

   Quando aprovar o projeto – e podemos torcer para que isso não demore anos – São Paulo ganhará um pontinho no ranking de mobilidade urbana. Afinal, quem faz trajetos longos e antes precisava usar o carro para chegar ao ponto de ônibus, ou mesmo quem usava vários coletivos para chegar ao destino, poderá usar a bicicleta e carregá-la na frente do ônibus em algum trecho do percurso. O ruim é que só essa iniciativa, isolada, não resolve muita coisa. A cidade, hoje, possui uma malha cicloviária ínfima quando comparada a outras cidades – e os incentivos a ciclistas são quase negativos. Se montássemos um ranking brasileiro das cidades que mais incentivam o uso das duas rodas – o que ainda não foi feito por aqui, certamente São Paulo ficaria longe do topo.

No ônibus e no... avião!

A bicicleta também pode ser transportada no avião sem custo adicional, na maior parte das companhias aéreas, desde que se encaixe no peso total a que o passageiro tem direito de carregar. A TAM já permite esse transporte sem custo há tempos e, em março deste ano, a Gol também incluiu a bike na franquia normal de bagagem despachada.

Ranking de ciclovias

A ciclovia de Sorocaba. Dá para andar cidade toda. (foto: divulgação)


   Esse é o cenário oposto do que vem sendo feito em Sorocaba, cidade do interior paulista. Lá, em apenas cinco anos foram construídos quase 70 km de ciclovias, que cortam todas as regiões da cidade, sendo possível ir do sul ao norte sem sair nem por um minuto das pistas com calçamento de pintura vermelha, sinalização, calçadas para caminhadas, iluminação e até paisagismo. Segundo informações da Urbes, empresa de transportes que atua junto com a prefeitura na implantação do chamado Plano Cicloviário para Sorocaba, a meta é atingir 100 km até 2012. Mas não são só as ciclovias: o plano inclui a instalação de 40 paraciclos, que são pontos de estacionamento, e a criação de bicicletários com dispositivos para facilitar a integração do sistema com o transporte coletivo. O primeiro, com 60 unidades, já está funcionando em um dos terminais de maior movimento na cidade.
   Quando o assunto é quilômetros de ciclovias, entretanto, o Rio de Janeiro é o vencedor. Lá existem 150 quilômetros construídos. Se considerarmos o tamanho de sua população, entretanto, a cidade perde a colocação, pois existem apenas cerca de 2 centímetros de ciclovias construídos por habitante. Mesmo assim, é uma cidade que pretende se tornar um modelo. “O Rio de Janeiro, além da organização Transporte Ativo, que promove o uso da bicicleta desde 2003, possui um esforço da prefeitura no sentido de duplicar a malha cicloviária até 2012 e integrá-la aos transportes públicos. O estímulo tem dado certo, tanto que o número de ciclistas nas ruas triplicou em dez anos”, comemora João Guilherme Lacerda, conselheiro da organização Transporte Ativo.
   “Depois vem Curitiba, com 120 km construídos e cerca de 85 km em boas condições de uso”, diz Fabrício José, diretor técnico da ABC Ciclovias. “Porém, se considerarmos o tamanho das ciclovias proporcionalmente ao tamanho das cidades, Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, é a que tem mais quilometragem per capita, com 68 km construídos. De longe, pelo tamanho da cidade, é a primeira no ranking brasileiro”, continua. Essa, com certeza, é uma das melhores maneiras de avaliar: considerando não só os quilômetros de ciclovias, mas o tamanho da cidade e sua população.

Capitais com mais centímetros de ciclovia por habitante Estado Cidade População estimada (2006) Quilômetros de ciclovias (2007) Centímetros por habitante ( Clique aqui para ver tabela)


Capitais com menos centímetros de ciclovia por habitante Estado Cidade População estimada (2006) Quilômetros de ciclovias (2007) Centímetros por habitante ( Clique aqui para ver tabela)

Qualidade de vida

   A questão, novamente, é que ciclovias isoladas de políticas públicas, educação e incentivo, não servem para muita coisa. Nem se elas estiverem construídas em locais que as pessoas usam só para lazer – porque aí o trânsito não melhora, nem a poluição, nem a qualidade de vida. “Ciclista precisa de fluidez, segurança e conforto e ciclovia sozinha não oferece isso”, afirma Arturo Alcorta, educador e um dos responsáveis pela Escola de Bicicleta. Por essas e outras é que iniciativas como a de Santa Cruz do Sul e de Sorocaba, que buscam unificar bicicleta e transporte público, são passos importantes e ajudam a compor um cenário amigável ao uso das duas rodas.
   Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), se as pessoas usassem mais a bicicleta poderiam reduzir em até 50% o risco de doenças cardiovasculares, que são as que mais matam em todo o mundo. O uso também reduz o estresse, aumenta a concentração no trabalho e reduz as faltas por doença.
   “A bike não é solução para qualquer tipo de trajeto, mas atende boa parte deles. Para distâncias de até 3 km no horário de pico ela é o veículo mais rápido. Até essa distância o catalisador dos automóveis não está a pleno funcionamento e, por isso, usar o carro nesses deslocamentos polui muito: daí a importância da magrela nas viagens urbanas curtas”, explica Fabrício José. No Brasil o uso médio da bicicleta é de 4% e, nos países europeus, fica entre 10% e 30%. Nas viagens curtas, a disparidade também é imensa: nas cidades brasileiras dificilmente o uso da bicicleta para trajetos de até 3 km passa de 10%, enquanto nas cidades europeias pode chegar a até 50%. E você, como faz o trajeto de casa à padaria?

Exemplo de fora

Dá para imaginar uma cidade em que a magrela seja tão, mas tão importante que até alguns sinais de trânsito são implantados só para elas? Essa cidade existe e, por incrível que pareça, está lá nos Estados Unidos – país tão consumidor de carros e tão despreocupado com a poluição do ar.
    O exemplo vem de Portland, no noroeste do país, onde há cerca de 300 km de ciclovias e sinais específicos para as bikes. Nas faixas de pedestre, por exemplo, existe uma faixa verde onde elas devem estacionar e o farol para elas abre em tempo diferente – o que significa fim à competição por espaço entre os carros e os ciclistas!
   Essa é apenas uma das iniciativas que têm surgido no país, que agora adota um ranking de estados amigos da bicicleta, feito anualmente pela associação League of American Bicyclists. Para se dar bem na pontuação, o estado precisa ter desde projetos educacionais até projetos de lei que incentivem os ciclistas.

            Nos últimos dois anos, o estado de Washington obteve o primeiro lugar. Oregon, estado em que fica Portland, recebeu o quarto lugar em 2009. Se o mesmo fosse feito no Brasil, poucas cidades poderiam brigar pelo título, não? Ou será que elas tentariam melhorar para não ficar feio na disputa? Valeria a pena tentar!

*Lúcia Nascimento é repórter em São Paulo


Fonte: http://www.oeco.com.br/reportagens/37-reportagens/23880-no-ranking-das-bikes-o-premio-vai-para